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Cruzeiro: “R$ 3 milhões/mês”; Santos negocia Gabigol e pede divisão de 50% do salário

O mercado da bola para 2026 pode ter uma de suas novelas resolvida com uma solução compartilhada. O Cruzeiro abriu conversas formais com o Santos para viabilizar o empréstimo de Gabigol. A negociação ganhou tração nas últimas horas e caminha para um modelo de cessão por uma temporada, onde o ponto central da discussão não é o tempo de contrato, mas sim a conta bancária: quem paga o salário do atacante?

O Santos, através de seu diretor Alexandre Mattos, já deixou claro à diretoria celeste que não tem condições de arcar com 100% dos vencimentos do jogador. A costura em debate envolve uma “composição” financeira, onde a Raposa pagaria uma parte e o Peixe a outra, podendo chegar a uma divisão de 50% para cada lado.

O “Muro” de R$ 3 Milhões e o Passivo de R$ 105 Mi no Cruzeiro

O tamanho dos números envolvidos explica por que o empréstimo se tornou a única saída realista para a operação. O pacote financeiro de Gabigol hoje é proibitivo para uma compra direta no mercado nacional:

  • Salário Mensal: Supera a casa dos R$ 3 milhões.
  • Passivo Futuro: O atacante teria mais de R$ 105 milhões a receber do Cruzeiro até o fim do seu contrato (válido até dezembro de 2028).
  • Multa Rescisória: Estipulada em R$ 700 milhões para clubes brasileiros.

Diante desse cenário, o Santos não tem como comprar, e o Cruzeiro precisa aliviar a folha. Sem um desconto agressivo ou a manutenção de parte do pagamento por parte dos mineiros, a conta não fecha na Vila Belmiro.

O Fator Neymar e a Engenharia Santista por Gabigol

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Para o Santos, repatriar Gabigol seria uma jogada de mestre no marketing e no campo, aproveitando a identificação do atleta com o clube. No entanto, o Peixe vive paralelamente a complexa operação para a renovação de Neymar.

O custo de manter Neymar no elenco equivale, segundo apurações, a “cinco jogadores comuns” por mês. Isso obriga o Santos a ser criativo e econômico nas outras frentes. Trazer Gabigol só é viável se o custo mensal do camisa 99 couber na fatia do orçamento que sobrar após o equacionamento do caso Neymar.

Análise Moon BH: O Acordo Lógico

Se o Cruzeiro quer resolver um contrato caro sem virar refém do próprio elenco, e o Santos quer um “camisa 9 de manchete” sem cometer loucuras financeiras, o empréstimo com divisão salarial é o único caminho lógico.

A régua é objetiva: se a Raposa topar chegar perto do modelo 50/50 (pagando cerca de R$ 1,5 milhão para ele jogar no rival) e o estafe do atleta aceitar o arranjo, o negócio anda rápido. É uma solução onde o Cruzeiro estanca a sangria financeira e o Santos ganha poder de fogo. Se cada lado tentar empurrar a fatura inteira para o outro, a negociação trava e vira novela de verão. No fim, Gabigol no Santos depende menos de vontade e mais de calculadora.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.