O Santos oficializou seu interesse em repatriar Gabigol para a temporada 2026, mas esbarrou em um abismo financeiro logo na primeira rodada de negociações. O atacante, que vive momento incerto no Cruzeiro, estaria disposto a reduzir seus vencimentos para voltar à Vila Belmiro, mas a conta ainda não fecha. Segundo informações de bastidores (Fábio Sormani/Bolavip), Gabigol pediu R$ 1,8 milhão por mês, enquanto o teto estabelecido pela diretoria do Peixe é de R$ 1,2 milhão.
Essa diferença de R$ 600 mil mensais é apenas a ponta do iceberg. Do outro lado da negociação, o Cruzeiro adota uma postura pública rígida. O vice-presidente de futebol, Pedro Junio, reforçou recentemente que o camisa 9 tem contrato longo e é um “ativo do clube”, negando a intenção de facilitar a saída.
No entanto, a chegada de Tite ao comando técnico da Raposa adicionou um componente explosivo que pode forçar uma solução de mercado.
O valor de R$ 1,8 milhão já representa uma queda brusca em relação ao que ganha hoje, na casa dos R$ 2,5 milhões. Chegar aos R$ 1,2 mi significaria ter metade dos vencimentos reduzidos.
O “Fator Tite” e o Rumor de Empréstimo no Cruzeiro

A contratação de Tite pelo Cruzeiro mudou a temperatura do negócio. A relação desgastada entre treinador e atacante (herança dos tempos de Flamengo e Seleção) alimenta a tese de que a Raposa pode, sim, buscar uma saída negociada para evitar um vestiário inflamado em 2026.
Rumores de bastidores indicam que Cruzeiro e Santos poderiam alinhar um modelo de empréstimo gratuito por um ano, onde o Peixe assumiria apenas os salários. Porém, para isso acontecer, o Cruzeiro teria que aceitar pagar a diferença entre o teto do Santos e o contrato do atleta — ou seja, a Raposa pagaria para Gabigol jogar no rival, algo que a diretoria mineira resiste em aceitar.
A Muralha de 2028 que protege Gabigol
O maior trunfo do Cruzeiro é o contrato. Gabigol tem vínculo assinado até 31 de dezembro de 2028. Isso significa que o clube mineiro não tem obrigação nenhuma de liberá-lo se a proposta não for financeiramente vantajosa.
Rescindir o contrato agora custaria uma fortuna em multas e luvas a vencer. Portanto, a única saída viável é uma composição amigável onde as três partes cedam: Gabigol baixa ainda mais o salário, o Santos estica um pouco a corda (talvez com bônus) e o Cruzeiro aceita bancar parte da conta para “limpar” o ambiente para Tite.