O Santos não quer apenas sobreviver em 2026; quer ser protagonista. Após escapar do rebaixamento com a ajuda de Neymar, a diretoria alvinegra reabriu os contatos para repatriar outro Menino da Vila: Gabigol, atualmente no Cruzeiro. Segundo apurações de bastidores, o flerte entre clube e jogador ganhou força nas últimas semanas, impulsionado pelo desejo mútuo de reeditar a parceria com o camisa 10 e pela identificação do atacante com a Vila Belmiro.
No entanto, o sonho esbarra em uma barreira chamada Cruzeiro. A Raposa, dona dos direitos do atleta até 2028, impôs uma condição clara para qualquer avanço: nada será decidido antes do fim da participação do clube na Copa do Brasil.
A “Trava” do Cruzeiro por Gabigol: Foco na Taça
O Cruzeiro vive um momento decisivo. O time enfrenta o Corinthians na semifinal da Copa do Brasil e garantiu vaga na Libertadores via Brasileirão.
- A Postura da SAF: O dono do Cruzeiro, Pedrinho BH, gosta de Gabigol e o trata como um ativo valioso. Embora o jogador seja reserva de Kaio Jorge hoje, a diretoria mineira blindou o elenco e avisou que só sentará para discutir o futuro do camisa 9 após o desfecho do mata-mata.
- O Contrato: Gabigol chegou “de graça” (após sair do Flamengo), mas tem um dos maiores salários do elenco (cerca de R$ 2,4 milhões/mês).
O Plano do Santos: R$ 57 Milhões e Emoção

Do lado santista, a engenharia financeira já está desenhada. O clube estaria disposto a oferecer um pacote de cerca de R$ 57 milhões (em salários ao longo de 3 anos) para ter Gabriel. A aposta é que o fator emocional — jogar com Neymar, voltar para casa e ser titular absoluto — convença o atacante a aceitar uma redução salarial (o teto santista seria R$ 1,6 milhão/mês) e facilite a liberação junto ao Cruzeiro.
Análise: O Jogo de Paciência
A negociação virou um jogo de xadrez. O Santos joga com a emoção e a promessa de protagonismo em 2026. O Cruzeiro joga com a racionalidade do contrato e o foco esportivo imediato.
Se a Raposa for campeã da Copa do Brasil, o cenário pode mudar (valorização ou saída honrosa). Se cair, a pressão para aliviar a folha salarial pode acelerar o “sim” para o retorno de Gabigol à Vila. Até lá, o Peixe aguarda, observa e torce.