O Cruzeiro pode estar prestes a receber uma injeção financeira milionária sem precisar vender qualquer jogador do seu atual plantel. A diretoria da Raposa acompanha com atenção redobrada o mercado europeu, onde o médio Éderson, ex-jogador do clube e atualmente na Atalanta (Itália), se tornou alvo de disputa entre gigantes. O clube italiano fixou o preço de venda em € 50 milhões (cerca de R$ 310 milhões), o que ativaria uma “poupança invisível” para a equipa mineira.
Graças ao Mecanismo de Solidariedade da FIFA, o Cruzeiro, como clube formador, tem direito a uma fatia dessa transação que pode chegar aos R$ 15,5 milhões.
A Matemática da Solidariedade no Cruzeiro: 5% de € 50 Milhões
Éderson vive o auge da sua carreira na Europa. Após conquistar a Liga Europa, o médio entrou na mira de clubes como Liverpool, Manchester United e até Real Madrid. A Atalanta, ciente da valorização, não aceita negociar por menos de € 50 milhões.
Pelas regras da FIFA, até 5% do valor de uma transferência internacional é distribuído pelos clubes que formaram o atleta entre os 12 e os 23 anos.
- O Cálculo: 5% de R$ 310 milhões equivale a R$ 15,5 milhões.
- A Divisão: Esse valor será partilhado entre o Cruzeiro (onde ele se profissionalizou e ganhou projeção) e o Desportivo Brasil (clube da base inicial). A fatia exata da Raposa dependerá do cálculo preciso dos dias de registo, mas o montante é significativo.
De “Cria” da Toca a Pilar na Europa
A trajetória de Éderson justifica o preço. Aos 26 anos, ele consolidou-se como um dos médios mais completos da Serie A italiana. O jogador, que passou pelo Cruzeiro entre 2018 e 2019, evoluiu fisicamente e taticamente, tornando-se um “box-to-box” moderno.
O seu contrato com a Atalanta vai até 2027, mas a pressão do mercado inglês e espanhol deve forçar uma saída já nas próximas janelas de transferências, acelerando o recebimento dos valores pelo clube brasileiro.
Análise: O Lucro “Limpo” para a SAF
Para a SAF de Pedrinho BH, este valor representa um “lucro limpo”. Não há comissões a empresários, nem custos operacionais. É dinheiro direto no fluxo de caixa, suficiente para pagar, por exemplo, a contratação de um titular de nível Série A ou cobrir meses de folha salarial.
O caso de Éderson reforça a importância estratégica da formação. Mesmo anos após a sua saída, o jogador continua a “render” para o Cruzeiro. Se a venda se concretizar pelos valores estipulados, a “poupança Éderson” será celebrada como um dos maiores bónus financeiros da temporada, provando que investir na base é garantir receitas perpétuas.
