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Cruzeiro: Venda de R$ 5,3 milhões é ativada e rival é obrigado a comprar jogador

O Cruzeiro tem uma entrada de caixa garantida para 2026. O zagueiro Zé Ivaldo, emprestado ao Santos, atingiu a meta de participação estipulada em contrato e ativou a cláusula de compra obrigatória. O Peixe, que nos bastidores chegou a flertar com a ideia de controlar a minutagem do defensor para evitar o compromisso financeiro, agora é obrigado a pagar US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões).

O desfecho do negócio é a vitória do campo sobre a planilha. Zé Ivaldo, que chegou a treinar separado do elenco em 2025, foi resgatado pelo técnico Juan Pablo Vojvoda e virou peça-chave na luta santista contra o rebaixamento, provando ser indispensável.

A Matemática da Obrigação do Cruzeiro: 60% dos Jogos

O acordo entre Cruzeiro e Santos era claro. O clube paulista teria de pagar US$ 1 milhão por uma fatia majoritária dos direitos (70% a 80%) caso o zagueiro atuasse em 60% das partidas da temporada.

  • O Risco: A apuração do Bolavip revelou que a diretoria santista, preocupada com o aperto de caixa, monitorava o uso do jogador para que a meta não fosse batida.
  • A Reviravolta: Zé Ivaldo foi fundamental para a recente arrancada do Santos fora do Z-4. Ao ser escalado como titular nos últimos jogos decisivos, ele ultrapassou a barreira dos 60% de participação, tornando o compromisso de R$ 5,3 milhões inevitável. A compra está carimbada no planejamento de 2026.

O Lucro Duplo para a SAF Celeste

Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Para o Cruzeiro, o desfecho é totalmente positivo:

  1. Caixa Imediato: O clube recebe R$ 5,3 milhões (parcelados, com a primeira parcela em janeiro), um dinheiro certo que ajuda a compor a “carteira de empréstimos” da SAF e a financiar os reforços de Leonardo Jardim.
  2. Upside de Revenda: O Cruzeiro ainda mantém um percentual dos direitos econômicos (cerca de 20% a 30%). Se Zé Ivaldo, sob comando de Vojvoda, se valorizar ainda mais e for vendido para a Europa (seu valor de mercado já é de € 3 milhões), a Raposa lucra novamente.

Análise: Quando o Campo Vence a Calculadora

O caso Zé Ivaldo é um ótimo exemplo de como detalhes de contrato podem alterar o planejamento de uma temporada inteira. O Santos tentou equilibrar o aperto financeiro (tentando não pagar) com a necessidade esportiva (precisando do zagueiro). No fim, a necessidade esportiva venceu, e o campo exigiu o zagueiro.

Para o Cruzeiro, a história termina de maneira favorável: o clube fatura com um jogador que já não estava nos planos e evita o risco de mantê-lo na folha sem uso em 2026. O zagueiro, que virou titular na reta final do Brasileirão, garantiu sua compra e agora se consolida como ativo do Santos para a próxima temporada.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.