O Cruzeiro vive uma contagem regressiva tensa para selar a renovação de seu principal jogador. Matheus Pereira, o camisa 10 e cérebro do time, tem contrato com a Raposa até junho de 2026. O problema? A partir de 1º de janeiro, ele estará legalmente livre para assinar um pré-contrato com qualquer clube do mundo e deixar a Toca da Raposa de graça no meio do ano.
O cenário de risco fez a SAF de Pedro Lourenço tratar a renovação como “caso de Estado”. O temor é que o Palmeiras, que tem histórico de interesse no meia, aproveite a brecha contratual para dar um “bote” certeiro e tirar o craque de Belo Horizonte a custo zero.
O “Prazo Fatal”: A Janela de 45 Dias por Matheus Pereira
O risco é claro e iminente. O Cruzeiro investiu pesado na compra de Matheus Pereira junto ao Al Hilal, pagando cerca de € 5,5 milhões (R$ 30–31 milhões) por 50% dos direitos. Perder esse ativo valioso para um rival, sem compensação financeira, seria um desastre para o balanço.
- O Risco: O Palmeiras não precisaria pagar o valor de mercado (que está na casa de € 20-25 milhões / R$ 159 milhões). Bastaria pagar luvas e um salário alto ao jogador.
- O Antecedente: O Verdão já monitorou a situação do meia em 2024, quando o Zenit tentou comprá-lo e as negociações com o Cruzeiro estavam em pauta.
A Blindagem da SAF do Cruzeiro: Contrato de R$ 2 Milhões/Mês

A diretoria do Cruzeiro está fazendo sua parte para eliminar o risco. O clube já tem um acordo verbal com Matheus Pereira para renovar até dezembro de 2028 (com opção para 2029) e oferecer um salário na casa dos R$ 2 milhões mensais – o maior do elenco.
O plano de blindagem é duplo:
- Eliminar o Risco Jurídico: A extensão do contrato até 2028 anula qualquer possibilidade de pré-contrato em 2026.
- Manter a Motivação: A valorização salarial mantém o camisa 10 feliz e focado no projeto esportivo da Libertadores 2026.
O Impacto da “Atravessada” do Palmeiras
A presença do Palmeiras no cenário é o que mais preocupa. O clube alviverde tem a saúde financeira para bancar um salário de R$ 2 milhões e, historicamente, sabe esperar o momento certo para fechar com jogadores em fim de contrato (o caso Dudu no passado é um exemplo, embora não tenha sido contratado).
O Cruzeiro corre contra o tempo para colocar a “papelada final” na mesa e garantir o registro antes da virada do ano. Enquanto a caneta não assinar, o fantasma de o rival paulista tentar uma investida para levar o craque de graça continua rondando a Toca da Raposa II.