O futuro de Endrick para o primeiro semestre de 2026 está, na prática, selado – e ele passa longe do Brasil. O Real Madrid encaminhou o empréstimo da joia brasileira para o Olympique de Lyon (França) até junho. A decisão, baseada em um pacote esportivo estratégico visando a Copa do Mundo, frustra os sonhos de Flamengo e Cruzeiro, que monitoravam a situação, mas nunca tiveram chance real na disputa.
O acordo com os franceses é cercado de “regras rígidas” impostas pelos espanhóis para proteger seu ativo de mais de € 50 milhões.
As 4 Regras do Acordo Lyon-Real Madrid
A negociação não é um empréstimo comum. Segundo a imprensa europeia e brasileira, o contrato tem cláusulas específicas:
- Duração Curta: Apenas seis meses (janeiro a junho de 2026), sem opção de compra. É uma “ponte” para a Copa.
- Divisão de Salário: O Lyon pagará cerca de 50% dos vencimentos de Endrick (estimados em R$ 2,1 milhões/mês), com o Real bancando o resto.
- Cláusula de “Recall”: O Real Madrid exigiu um gatilho que permite chamar Endrick de volta em janeiro caso um de seus atacantes (como Mbappé ou Vini Jr.) sofra uma lesão grave.
- Multa por Minutagem: Se Endrick não jogar um percentual mínimo de partidas, o Lyon terá que pagar uma multa financeira ao Real. O objetivo é garantir que ele não saia de um banco para outro.
Por Que Flamengo e Cruzeiro Ficaram para Trás?
O Flamengo chegou a fazer uma sondagem formal, e o Cruzeiro sonhou com a possibilidade, mas ambos esbarraram em dois “não” simultâneos:

- O “Não” do Real: O clube espanhol quer Endrick na Europa, jogando em uma liga competitiva (Ligue 1) e disputando competições continentais (Europa League) para acelerar sua maturação tática.
- O “Não” de Endrick: O próprio jogador e seu estafe entendem que permanecer na Europa é vital para reconquistar a confiança de Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira.
Análise: A Vitrine Europeia Vale Mais que o Maracanã
Financeiramente, um clube brasileiro até poderia tentar uma engenharia para pagar R$ 1 milhão/mês por seis meses. Mas a decisão foi técnica e de carreira. Para o projeto “Copa do Mundo 2026”, jogar contra adversários europeus e estar no fuso horário de Ancelotti vale mais do que ser “rei” no Brasil por um semestre.
O Lyon oferece a titularidade imediata e a vitrine que Endrick precisa. Flamengo e Cruzeiro, infelizmente, serviram apenas como termômetro de um sonho que, para o Real Madrid, nunca fez sentido estratégico.