O futuro de Gabigol no Cruzeiro será decidido em uma reunião de peso marcada para dezembro, logo após o fim do Brasileirão. O atacante, que vive uma temporada de altos e baixos entre a titularidade e o banco de reservas, confirmou publicamente que sentará com a diretoria para definir se fica ou sai em 2026.
A novidade, no entanto, veio da boca do “chefe”. Pedro Lourenço (Pedrinho BH), dono da SAF, mudou o tom do discurso. Se antes dizia que a permanência “dependia dele” (do jogador), agora o dirigente foi enfático: quer sacramentar a permanência do camisa 9 “por muito tempo”.
A Conta na Mesa: Um “Pacote” de R$ 36 Milhões/Ano
Por trás das declarações públicas, existe uma negociação financeira pesada. Manter Gabigol na Toca da Raposa custa caro. O “pacote” do jogador (salário, direitos de imagem e luvas diluídas) gira em torno de R$ 3 milhões por mês, totalizando cerca de R$ 36 milhões anuais.
É o maior investimento individual do elenco. Para a SAF, pagar esse valor por um jogador que hoje é reserva de Kaio Jorge exige uma justificativa técnica clara: Gabigol precisa ser protagonista em 2026, especialmente na Libertadores.
O Dilema Esportivo no Cruzeiro: Titular ou Reserva de Luxo?
A insatisfação de Gabigol não é financeira, mas esportiva. O atacante quer jogar mais. Embora tenha bons números na temporada (13 gols em 43 jogos), ele perdeu a posição de titular absoluto para Kaio Jorge e tem sido usado como uma “arma de luxo” para o segundo tempo.

Na reunião de dezembro, o jogador vai querer ouvir qual é o plano de Leonardo Jardim para ele. Se o cenário for de continuidade na reserva, a porta de saída se abre.
O Mercado de Olho em Gabigol: Arábia e MLS na Espreita
Enquanto o Cruzeiro tenta segurar seu ativo, o mercado monitora. Clubes da Arábia Saudita, Catar e da MLS (EUA) já fizeram sondagens e estariam dispostos a pagar a taxa de transferência e manter o alto salário do jogador.
Análise: A Mudança de Discurso de Pedrinho
A mudança de tom de Pedrinho BH é estratégica. Ao afirmar publicamente que quer que Gabigol fique “por muito tempo”, ele joga a pressão para o lado do atleta e blinda a diretoria de críticas caso a saída aconteça.
Se Gabigol ficar, o Cruzeiro mantém um ídolo e um artilheiro provado para a Libertadores. Se ele sair, a SAF poderá dizer que fez todo o esforço possível (inclusive financeiro) para mantê-lo, mas que respeitou o desejo do jogador de buscar novos ares. A “reunião de R$ 36 milhões” será o ato final de uma novela que definirá o tamanho da ambição celeste para a próxima temporada.