Matheus Pereira não é apenas o camisa 10 do Cruzeiro; ele é o rosto, o cérebro e, financeiramente, o verdadeiro “cofre ambulante” da SAF de Pedro Lourenço. Aos 29 anos, o meia vive o auge da carreira e se tornou o símbolo da reconstrução celeste, concentrando o maior valor de mercado, o maior salário do elenco e o maior potencial de venda futura do clube.
Entender a “Era Matheus Pereira” é entender a nova dimensão do Cruzeiro no cenário nacional. Analisamos a fundo os números que fazem do meia o pilar absoluto do projeto alvinegro.
O “Preço de Etiqueta”: O Ativo de R$ 72 Milhões
O desempenho de Matheus Pereira em 2025 o colocou em uma prateleira de elite. Segundo o site especializado Transfermarkt, seu valor de mercado atual é de € 12 milhões (cerca de R$ 72 milhões). Este número o coloca não apenas no topo dos mais valiosos do Cruzeiro (ao lado de Luis Sinisterra), mas também entre os 20 atletas mais caros de toda a Série A – um feito impressionante para um jogador que atua fora do eixo Flamengo-Palmeiras.
O Salário “Galáctico” de Matheus Pereira: R$ 2,2 Milhões por Mês
Para manter um jogador desse nível, o investimento é proporcional. O próprio Pedrinho BH já confirmou publicamente que Matheus Pereira tem, disparado, o maior salário de todo o elenco, superando estrelas como Cássio e Gabigol.
Apurações de mercado, incluindo do Moon BH, indicam que o novo acordo fechado em 2025 para “blindar” o craque do assédio europeu (como o do Zenit) e de rivais nacionais (como o Palmeiras) elevou seus vencimentos para a casa dos R$ 2,2 milhões por mês. Esse é um patamar “Nível A” no Brasil, comparável apenas aos maiores ídolos de Flamengo e Palmeiras.
O Investimento da SAF: A Compra Estratégica
O Cruzeiro pagou caro para ter seu maestro. Em junho de 2024, o clube oficializou a compra de 50% dos direitos do jogador junto ao Al-Hilal (Arábia Saudita) por cerca de R$ 30 milhões, pagos de forma parcelada.
Na prática, isso significa que a SAF já tem um lucro contábil “no papel”: investiu R$ 30 milhões por uma fatia que hoje vale, no mínimo, R$ 36 milhões (metade do valor de mercado total de R$ 72 milhões).
Os Números em Campo que Justificam o Investimento
O alto custo é justificado pela produção em campo. Matheus Pereira é o motor criativo do time. Na temporada de 2024, que marcou sua afirmação, ele somou 59 jogos, 11 gols e 15 assistências – uma participação direta em gol a cada duas partidas. Em 2025, ele manteve o nível, liderando as estatísticas de criação do Brasileirão e se tornando a peça insubstituível do esquema de Leonardo Jardim.
A “Blindagem” e a Corrida Contra o Tempo
Apesar de todo o investimento, a diretoria viveu uma “corrida contra o tempo”. O contrato de compra assinado em 2024 ia “apenas” até junho de 2026. Isso colocava o Cruzeiro em risco, pois a partir de janeiro de 2026 o jogador poderia assinar um pré-contrato de graça com qualquer outro clube.
Foi por isso que Pedrinho BH agiu rápido, renegociou o salário para o patamar de R$ 2,2 milhões e acertou a extensão do vínculo (provavelmente até 2028 ou 2029), eliminando o risco de perder seu maior ativo de graça.
Análise: O Termômetro da Ambição Celeste
Matheus Pereira é, hoje, o termômetro da ambição do Cruzeiro. Manter um jogador desse calibre, com o maior salário do clube e recusando propostas milionárias (como a de € 20 milhões do Zenit), é um recado claro da SAF para o mercado: o Cruzeiro não é mais um clube vendedor desesperado.
Ele é a prova de que a Raposa voltou ao patamar de “comprar, segurar e escolher a hora de negociar” seus craques. Enquanto o camisa 10 estiver em campo, o clube briga por títulos; e se um dia sair, será em uma venda que mude o patamar financeiro da instituição, provavelmente muito acima dos R$ 72 milhões atuais.
