O clássico entre Grêmio e Cruzeiro no início de novembro teve convidados de honra (e muito interesseiros) na Arena. Segundo apuração do ge, representantes do Aston Villa, clube da Premier League inglesa, estiveram presentes in loco para observar de perto dois dos talentos mais promissores da partida: o artilheiro Kaio Jorge (Cruzeiro) e a joia Alysson (Grêmio).
A presença dos scouts ingleses confirma o que os bastidores já indicavam: a janela de janeiro de 2026 promete ser quente para a dupla. No entanto, os clubes brasileiros “bateram o pé” e definiram preços altíssimos para liberar seus ativos.
O “Preço de Ouro” de Kaio Jorge (Cruzeiro)
O Cruzeiro está ciente de que tem em mãos o artilheiro do Brasileirão e não tem a menor pressa de vendê-lo. A diretoria da SAF já definiu a “régua” para o mercado europeu:
- Preço Mínimo: A conversa só começa a partir de € 25 milhões (cerca de R$ 157 milhões).
- Preço Ideal: Fontes de bastidores indicam que a proposta “irrecusável”, que Pedrinho BH realmente quer ouvir, está na casa dos € 30 milhões (R$ 188 milhões).

O Cruzeiro tem total poder de barganha. O clube investiu € 7,2 milhões para comprar Kaio Jorge da Juventus em 2024 e o “blindou” com um contrato longo, válido até junho de 2029. Com 22 gols na temporada e no auge da forma, a SAF só o libera pela maior venda da história do clube.
A “Muralha” do Grêmio por Alysson
Do lado do Grêmio, a estratégia é a mesma: valorização máxima. O Aston Villa monitora o atacante de 19 anos, mas a diretoria tricolor já mostrou que o “preço” é diferente para mercados diferentes:
- Preço para o Brasil: O Cruzeiro sondou Alysson recentemente e ouviu a pedida: R$ 42 milhões. O valor foi considerado muito alto pela Raposa, e a negociação foi encerrada.
- Preço para a Europa: O Grêmio se protege com uma multa rescisória astronômica, estipulada pela imprensa gaúcha em € 60 milhões (R$ 375 milhões).

Assim como o rival mineiro, o Grêmio tem contrato longo com sua joia (renovado até 2029) e não tem pressa. O clube sabe que olheiros da Premier League já observaram Alysson em outras ocasiões e aposta em uma valorização ainda maior em 2026.
Análise: O Jogo de Paciência dos Gigantes Brasileiros
A presença do Aston Villa na Arena é a prova de que o Brasileirão voltou a ser uma vitrine “premium” para a Inglaterra. No entanto, a era de “vender barato” acabou.
Tanto Cruzeiro quanto Grêmio adotaram a mesma postura de força: contratos longos, multas milionárias e paciência. Eles não precisam vender agora e só o farão pelo “preço certo”. O Aston Villa, que tem grande poder financeiro, fez o movimento correto de observar in loco antes de formalizar qualquer oferta.
O recado está dado: para tirar Kaio Jorge da Toca ou Alysson da Arena, os ingleses terão que preparar uma proposta “irrecusável” e muito bem estruturada (com bônus e percentuais de revenda). Se a oferta vier abaixo da régua de R$ 157 milhões (Kaio) ou R$ 42 milhões (Alysson, no mercado interno), a resposta dos presidentes será um “não, obrigado”.