A diretoria do Grêmio “ergueu um muro” para proteger uma de suas principais joias da base e frustrou os planos de um rival direto. O Cruzeiro procurou o Tricolor nas últimas semanas para sondar a situação do atacante Alysson, de 19 anos, mas a conversa foi encerrada rapidamente. O clube gaúcho foi taxativo e definiu o preço mínimo para negociar o jogador no mercado interno: R$ 42 milhões (cerca de US$ 8 milhões).
O valor, considerado altíssimo pela SAF mineira, “travou” imediatamente qualquer avanço. A postura firme do Grêmio sinaliza ao mercado que não há o menor interesse em facilitar a saída de seus principais ativos, especialmente para concorrentes do Brasileirão, e que a estratégia agora é mirar o mercado europeu.
A “Blindagem” Total: Contrato Longo e Multa de € 60 Milhões
A tranquilidade do Grêmio para exigir R$ 42 milhões de um rival brasileiro se ampara em uma estratégia de “blindagem” muito bem executada. O clube não tem nenhuma pressão para vender e está no controle total da situação.
- Contrato Longo: Em setembro deste ano, a diretoria agiu rápido e renovou o contrato de Alysson até o final de 2029.
- Multa “Europeia”: O novo contrato estipula uma multa rescisória para o mercado exterior de € 60 milhões (aproximadamente R$ 380 milhões).
Com o jogador “amarrado” por mais quatro anos e uma cláusula de proteção astronômica, o Grêmio não tem por que negociar por valores baixos. A multa de € 60 milhões não é o “preço de venda”, mas sim o “escudo” que força qualquer interessado a sentar à mesa em posição de desvantagem.
Por que o Preço é Tão Alto? O Interesse da Premier League
A diretoria gremista não estipulou o preço de R$ 42 milhões “do nada”. O valor se baseia no forte interesse que o jogador já desperta no mercado mais rico do mundo. Ao longo de 2025, olheiros de clubes da Premier League (Inglaterra) foram vistos na Arena e em outros estádios do Brasil especificamente para observar Alysson in loco.

O Grêmio sabe que tem em mãos um ativo com enorme potencial de revenda para a Europa. Vender agora para o Cruzeiro por um valor menor seria “queimar” uma oportunidade de fazer um caixa muito maior no futuro. A pedida de R$ 42 milhões foi, na prática, um “não, obrigado” educado ao clube mineiro.
O Impacto no Cruzeiro: Busca por Alternativas
Para a SAF de Pedrinho BH, o recado foi claro. Pagar R$ 42 milhões por um jogador que, embora promissor, ainda está em fase de consolidação, é considerado um investimento de altíssimo risco e fora da política atual do clube. A diretoria celeste entende que o Grêmio não quer fazer negócio e, agora, volta ao mercado em busca de alternativas com custo-benefício mais viável para reforçar seu ataque em 2026.
Análise: A Lição de Mercado do Grêmio
O “caso Alysson” é um exemplo da nova postura do Grêmio no mercado. O clube está usando a estratégia que o Palmeiras e o Flamengo já usam há anos: renovar cedo, proteger com multas estratosféricas e ter paciência. A diretoria tricolor prefere desenvolver o jogador sob o comando de Mano Menezes e esperar a janela europeia de verão (meio de 2026), quando o “hype” estiver maior e os clubes ingleses estiverem com o orçamento aberto para a nova temporada.
A mensagem para o mercado brasileiro é clara: o Grêmio não é mais um “balcão de negócios” para rivais. Quem quiser as joias da Arena, terá que pagar o “preço europeu”.