O futuro de Matheus Pereira, cérebro e camisa 10 do Cruzeiro, voltou a ser o centro das atenções no mercado da bola. O Palmeiras, que no final de 2024 chegou a rascunhar uma proposta de € 12,5 milhões (cerca de R$ 80 milhões) pelo jogador, monitora a situação. No entanto, o cenário mudou drasticamente, e a “régua” de preço do meia disparou após uma investida russa e uma temporada de protagonismo absoluto na Toca da Raposa.
A situação é urgente: o contrato de Matheus Pereira com o Cruzeiro termina em 30 de junho de 2026, e a diretoria celeste corre contra o relógio para renovar o vínculo antes que ele possa assinar um pré-contrato de graça com qualquer clube, a partir de 1º de janeiro.
O “Não” ao Zenit e a Nova Régua de Preço
O Cruzeiro sabe o valor do seu ativo e já provou isso. Em fevereiro de 2025, o clube mineiro teve em mãos uma proposta do Zenit, da Rússia, que superava os € 20 milhões (cerca de R$ 124 milhões). O negócio estava avançado, mas melou na última hora por decisão do próprio jogador, que optou por permanecer em Belo Horizonte.
Essa negociação frustrada teve dois efeitos práticos:
- Estabeleceu um novo “piso”: O Cruzeiro deixou claro ao mercado que qualquer conversa séria pelo camisa 10 começa acima dos € 20 milhões. A antiga sondagem do Palmeiras (de R$ 80 milhões) se tornou completamente defasada.
- Mostrou o poder de barganha do clube: A SAF de Pedrinho BH, que detém 50% dos direitos (comprados por US$ 5,5 milhões), não precisa vender e só o fará por um valor “irrecusável”.
O Risco iminente e o interesse do Palmeiras

A diretoria do Cruzeiro vive um dilema. Se não chegar a um acordo para uma nova renovação (que incluiria uma valorização salarial significativa para o atleta, que já tem o maior salário do elenco) antes de 1º de janeiro, o clube perde todo o poder de negociação. Matheus Pereira ficaria livre para assinar com qualquer time do mundo – incluindo o Palmeiras – e sair de graça no meio do ano.
É por isso que a renovação é tratada como a “pauta número 1” na Toca da Raposa neste exato momento.
O Cenário para o Palmeiras em 2026
Para o Palmeiras, o cenário é de pura estratégia e paciência. O clube sabe que é quase impossível comprar o jogador agora por um valor que agrade ao Cruzeiro (que, segundo a ESPN, só conversa a partir de € 25 milhões).
O Verdão tem duas rotas:
- Aguardar o Pré-Contrato: Esperar até 1º de janeiro para tentar “atravessar” a renovação do Cruzeiro, oferecendo um pacote de luvas e salários astronômico diretamente ao jogador (sem custos de transferência).
- Nova Proposta (Pós-Renovação): Caso o Cruzeiro consiga renovar, o Palmeiras teria que voltar à mesa com uma proposta nos moldes da que foi feita pelo Zenit (€ 20 milhões+), um investimento altíssimo para um rival direto do Brasileirão.
Análise: Uma Batalha de Timing e Milhões
A “novela Matheus Pereira” é um jogo de xadrez. O Cruzeiro corre para renovar e proteger seu maior ativo, evitando o “desastre” de perdê-lo de graça. O Palmeiras (e outros clubes europeus) observa de camarote, pronto para agir caso a Raposa falhe em sua missão de renovação antes do Ano Novo.
Para a torcida celeste, a expectativa é que Pedrinho BH consiga “blindar” o camisa 10, garantindo sua permanência e colocando fim ao assédio dos rivais. Para o Palmeiras, é a chance de monitorar uma oportunidade de mercado que, embora caríssima, traria um dos melhores jogadores do país para o time de Abel Ferreira. As próximas semanas serão decisivas para o futuro do craque.