A SAF do Cruzeiro está prestes a se livrar de um pesado passivo financeiro que marcou o ano de 2025. O clube está na reta final do pagamento da rescisão do atacante Dudu, hoje no rival Atlético-MG, e deve zerar a pendência em dezembro. A quitação dessa dívida é vista internamente como um “reforço” de peso para o fluxo de caixa de 2026, liberando milhões no orçamento para a próxima temporada.
O Acordo Milionário da Rescisão
O “Caso Dudu” foi uma das primeiras grandes crises de vestiário que Pedrinho BH teve que gerenciar ao assumir a SAF. Após um longo impasse, o clube e o jogador selaram um acordo de rescisão em 2 de maio de 2025, o que permitiu a ida do atacante para o Atlético.
O custo total da rescisão, como noticiado na época pelo ge e ESPN, ficou na casa dos R$ 15 milhões, referentes a salários e direitos devidos ao atleta até o fim do ano. Para não “quebrar” o caixa de uma só vez, a diretoria celeste negociou o pagamento de forma parcelada ao longo dos meses restantes de 2025.
R$ 4 Milhões para “Zerar a Conta” do Cruzeiro
O plano de pagamento funcionou. Segundo apuração do Moon BH, do montante total de R$ 15 milhões, restam apenas cerca de R$ 4 milhões a serem pagos. O cronograma prevê que as últimas parcelas sejam quitadas agora, em novembro e dezembro, encerrando definitivamente o passivo.
O Impacto no Orçamento de 2026: O “Reforço” no Caixa
A quitação dessa dívida tem um impacto direto e gigantesco no planejamento da próxima temporada. Na prática, a saída de Dudu representou um custo mensal superior a R$ 2 milhões na folha de 2025. Ao zerar essa pendência, a SAF “libera” esse valor no orçamento de 2026.
Esse “reforço” no caixa dá à diretoria muito mais fôlego e poder de barganha em duas frentes cruciais que se aproximam:
- A Renovação de Matheus Pereira: O clube ganha margem para negociar a complexa e cara renovação do camisa 10, que é a prioridade absoluta da gestão.
- A Janela de Transferências: Com o orçamento menos pressionado por dívidas de curto prazo, o Cruzeiro ganha capacidade de investimento para buscar os reforços “Nível A” que a comissão técnica de Leonardo Jardim deseja para a disputa da Libertadores.
Análise: A Vitória da Gestão de Risco
A diretoria do Cruzeiro acertou duplamente no “Caso Dudu”. Primeiro, conseguiu reduzir o custo total da rescisão, que poderia ser muito maior se envolvesse a multa contratual original. Segundo, ao optar pelo parcelamento, a SAF “espalhou” o impacto financeiro ao longo de 2025, evitando um rombo imediato no caixa que poderia prejudicar o time em campo na briga pelo topo do Brasileirão.
O Cruzeiro absorveu o prejuízo em 2025 e agora entra em 2026 “leve”, sem o “fantasma” financeiro de Dudu em suas contas. É uma demonstração de gestão de crise eficiente, que troca um problema de curto prazo por um planejamento de longo prazo muito mais saudável e ambicioso.
