O artilheiro do Brasileirão entrou na mira de um dos maiores clubes do mundo. O Barcelona, da Espanha, colocou o atacante Kaio Jorge em seu radar para a próxima janela de transferências. Ciente do assédio, que também inclui o Bayern de Munique, a diretoria do Cruzeiro já se posicionou e definiu uma pedida mínima para abrir conversas: € 35 milhões (aproximadamente R$ 218 milhões na cotação atual).
Se o negócio for concretizado nesses valores, se tornará, com folga, a maior venda da história do Cruzeiro, superando as cifras de negociações icônicas como a de Arrascaeta para o Flamengo e Geovanni para o próprio Barcelona no passado.
O Que Há de Concreto?
Até o momento, o que existe é o forte interesse e o monitoramento do clube catalão. Não há uma proposta oficial na mesa de Pedrinho BH, mas o Cruzeiro já utiliza a régua de € 35 milhões como ponto de partida para qualquer negociação.
A posição do clube celeste é de extrema força. O Cruzeiro detém 100% dos direitos econômicos do jogador, que foi comprado da Juventus em 2024 por € 7,2 milhões e tem um contrato longo, válido até junho de 2029.
O “Fator Copa do Mundo”: Por que Kaio Jorge Pode Ficar?
Apesar das cifras astronômicas, a saída em janeiro não é uma certeza. O próprio Kaio Jorge e seu estafe veem a permanência no Cruzeiro como um movimento estratégico. O grande objetivo do atacante é garantir uma vaga na Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026. Manter-se no Brasil, onde é protagonista absoluto, artilheiro do campeonato e tem a confiança total da comissão técnica, é visto como o caminho mais seguro para continuar no radar de Carlo Ancelotti.

Análise: Um Negócio de Duas Vias
O Cruzeiro se encontra em um cenário ideal. A SAF não tem necessidade urgente de vender e só o fará se a proposta for “irrecusável” e bater o recorde histórico do clube. O “price tag” de € 35 milhões serve tanto para proteger o ativo quanto para testar o real interesse do Barcelona.
A janela de inverno da Espanha, que abre em 2 de janeiro, será decisiva. Se o Barcelona formalizar uma oferta próxima desse valor, com bônus e um percentual de revenda, a diretoria da Raposa terá que equilibrar a oportunidade financeira única com o enorme baque esportivo de perder seu artilheiro às vésperas da temporada 2026. A decisão, seja ela pela venda recorde ou pela manutenção do ídolo rumo à Copa, colocará a gestão de Pedrinho BH em seu teste definitivo.