A diretoria do Cruzeiro segue de olho no mercado em busca de reforços de “Nível A” para a temporada de 2026, e um nome de peso entrou no radar da SAF: o meia Gerson, ex-Flamengo e atualmente no Zenit, da Rússia. Embora o nome agrade muito à cúpula celeste, a operação é considerada a mais complexa da próxima janela, esbarrando em dois obstáculos gigantescos: o preço exigido pelos russos e a preferência do estafe do jogador.
O Entrave nº 1: A Preferência pela Arábia Saudita
O primeiro desafio da Raposa não é convencer o Zenit, mas sim o próprio Gerson. O estafe do jogador de 28 anos definiu o mercado da Arábia Saudita como a prioridade total caso ele deixe a Rússia. O futebol saudita é visto como o único capaz de oferecer um pacote salarial de elite, superior ao que qualquer clube brasileiro poderia pagar.
O Cruzeiro, ciente disso, adota uma postura de paciência. O clube monitora a situação e sabe que só terá uma chance real se o negócio com o Oriente Médio não se concretizar, transformando o Brasil no “Plano B” do jogador.
O Entrave nº 2: O Preço de Saída de € 25 Milhões
Mesmo que Gerson decida voltar ao Brasil, o segundo obstáculo é o financeiro. O Zenit pagou € 25 milhões (cerca de R$ 160 milhões) ao Flamengo em julho para ativar a multa rescisória e contratar o meia. Agora, o clube russo quer recuperar integralmente esse investimento. Qualquer conversa com a diretoria do Cruzeiro ou de outros interessados, como o Palmeiras (que também avalia o nome), começa nesta faixa de valor.

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Para a Raposa, uma operação dessa magnitude exigiria uma engenharia financeira complexa, provavelmente envolvendo um longo parcelamento, a inclusão de jogadores na troca ou um modelo de empréstimo com obrigação de compra.
Análise Tática: Por que Gerson Interessa ao Cruzeiro?
O interesse da SAF em um negócio tão caro se justifica pelo encaixe tático perfeito. Gerson é visto pela comissão técnica como o “meia de condução” (ou “box-to-box”) ideal para o esquema de Leonardo Jardim. Ele chegaria com status de titular absoluto para formar um meio-campo poderoso ao lado de Lucas Romero e atrás do cérebro do time, Matheus Pereira, elevando o patamar do elenco para a disputa da Libertadores 2026.
Por enquanto, o negócio é tratado como um sonho difícil. Com o Zenit jogando duro no preço e o staff preferindo a Arábia, a probabilidade de um acerto imediato é baixa, mas o Cruzeiro segue atento, esperando a janela de oportunidade certa para dar o bote.