Desde o fim de semana um rumor sobre o interesse do treinador do Atlético, Sampaoli em um dos astros do Cruzeiro, Gabigol, está movimentando as redes sociais. Mas pelo que apurou o Moon BH, a história não é bem assim. Nesta terça-feira, 30, apuramos o que é real nesta história ‘maluca’.
A provocação de Gabigol à torcida do Atlético na Arena MRV é a essência do personagem que ele construiu: funciona, inflama a rivalidade e, convenientemente, o coloca no centro das atenções. Já a história de uma possível transferência para o Galo em 2026, supostamente a pedido de Jorge Sampaoli, pertence, por enquanto, a outro campo: o do ruído de mercado, uma tese que faz sentido na teoria, mas que esbarra na dura realidade dos contratos e cifras.
Vamos separar o que é palco do que é planilha.
O Palco: A Provocação é o Jogo Dele
O que vimos na Arena MRV, com os gestos de “já levantei taça aqui”, não é um fato isolado. É a marca registrada de Gabigol. Ele entende que o futebol moderno também é entretenimento e que as rivalidades são o principal combustível da paixão.
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Ao cutucar a Massa, ele não está apenas provocando; está construindo a narrativa para o próximo clássico, garantindo que todos os olhos estarão sobre ele. É uma estratégia de marketing pessoal executada com perfeição.
O Bastidor: De Onde Vem o Rumor com Sampaoli?
A especulação que liga Gabigol a Sampaoli não é absurda. Pelo contrário, ela tem lógica tática. O treinador argentino valoriza atacantes agressivos, de movimentação constante e com “fome” de área, características que se encaixam no repertório do camisa 99.
O problema é que a lógica tática não assina contratos. Gabigol tem um vínculo longo com o Cruzeiro (até 2028). Qualquer negociação em 2026 exigiria uma engenharia financeira complexa, com o Atlético precisando desembolsar uma taxa de transferência relevante, além de arcar com um dos maiores pacotes salariais do Brasil. Hoje, “Sampaoli quer” é uma manchete plausível, mas não uma operação em andamento.
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Análise: O Futuro Real e o Risco do Negócio
Qual a chance real de isso acontecer? Vamos às probabilidades:
- Curto Prazo (até meados de 2026): Chance zero. A janela está fechada e não há qualquer negociação.
- Médio Prazo (acordo entre clubes em 2026): Chance baixa (25%). Dependeria de o Atlético fazer uma proposta muito alta e de o Cruzeiro, seu maior rival, aceitar reforçá-lo. É um cenário de difícil execução.
A verdade é que, hoje, a provocação funciona como um holofote. Para o Atlético, ter seu nome ligado a um jogador desse calibre eleva a régua de ambição. Para Gabigol, mantém sua marca em alta. Mas, para os diretores financeiros, a conta simplesmente não fecha no momento.
Veredito
A provocação é real e faz parte do espetáculo. A transferência, por enquanto, é uma tese de mercado. Enquanto não houver uma proposta oficial na mesa do Cruzeiro e um sinal verde para negociar, “Gabigol no Galo” é uma pauta que alimenta o imaginário da torcida, mas não preenche a planilha de contratações.