A temporada espetacular de Lucas Silva com a camisa do Cruzeiro cruzou o Atlântico e ganhou as manchetes da imprensa espanhola. O prestigioso jornal Diario AS dedicou uma reportagem nesta semana para exaltar o capitão celeste, chamando-o de “peça-chave” do time vice-líder do Brasileirão. A matéria não apenas celebra sua grande fase, mas também relembra o drama vivido em 2016, quando um susto cardíaco quase encerrou sua carreira.
A publicação é o reconhecimento internacional da “volta por cima” de um jogador que se tornou o símbolo da resiliência e da organização do novo Cruzeiro.
O Auge de 2025: O Maestro da Toca
O que motivou a reportagem espanhola foi o momento brilhante de Lucas Silva. Capitão e líder técnico do time de Leonardo Jardim, ele tem sido o termômetro do meio-campo. O estopim para os elogios foi sua atuação de gala na vitória de virada sobre o RB Bragantino, quando marcou um golaço de fora da área que iniciou a reação da equipe.
Comandando um time que surpreende na vice-liderança do Brasileirão, o volante vive, aos 32 anos, uma das fases mais maduras e consistentes de sua carreira, com números expressivos em passes longos e contribuições para gols.
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O Pesadelo de 2016: A Carreira por um Fio
A reportagem do AS fez questão de contrastar o sucesso atual com o maior drama da vida do jogador. Em 2016, quando pertencia ao Real Madrid e estava prestes a assinar por empréstimo com o Sporting, de Portugal, um exame médico detectou uma alteração cardíaca. O negócio foi cancelado, e sua carreira foi colocada em xeque.
Após meses de incerteza e novos exames em Madrid, a arritmia foi descartada e ele foi liberado para voltar a jogar. O episódio, no entanto, marcou sua trajetória e freou sua ascensão no futebol europeu.
O Símbolo de um Novo Cruzeiro
A menção na imprensa espanhola não é apenas nostalgia por um ex-jogador do Real Madrid; é o reconhecimento de um desempenho de alto nível no presente. A jornada de Lucas Silva é uma poderosa metáfora para a própria trajetória recente do Cruzeiro. Ambos enfrentaram momentos de quase “morte”, foram desacreditados, mas se reergueram com base em trabalho, resiliência e organização.
Ao celebrar a “volta por cima” de seu capitão, a mídia europeia, talvez sem perceber, também está contando a história de um clube que, assim como seu líder em campo, aprendeu a sofrer sem perder o plano e hoje volta a figurar entre os protagonistas do futebol brasileiro.