O ex-presidente do Atlético e ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, rasgou elogios ao empresário Pedro Lourenço, o “Pedrinho BH”, no ano passado, pela forma como ele tem conduzido a SAF do Cruzeiro.
Em declarações recentes, Kalil, um dos maiores antagonistas do clube celeste nas últimas décadas, admitiu que a Raposa “mudou de patamar” após a troca no comando e que, como atleticano, está “preocupado”, pois “o Pedro não é fácil”.
O que Kalil disse (e por que importa)
O elogio de um rival com a história de Kalil tem um peso enorme. Logo após a venda da SAF de Ronaldo para Pedrinho, em meados de 2024, o ex-presidente do Galo já havia sinalizado o respeito pelo poder de investimento do novo gestor.
“Hoje o Cruzeiro está em outro patamar… o Pedro não é fácil”, disse à época. Em outra entrevista, ao Estado de Minas, ele reforçou a análise, afirmando que “o Cruzeiro foi salvo… devido ao Pedro”, destacando a forte identificação do empresário com o clube e a torcida.
O que está por trás dos elogios
A fala de Kalil é um reconhecimento à ambição e à capacidade de investimento da nova gestão do Cruzeiro. Desde que assumiu o controle, Pedro Lourenço promoveu uma revolução no elenco, com a contratação de estrelas como Gabigol e Cássio, e a manutenção de seus principais jogadores, como Matheus Pereira, com salários de primeiro nível.
A projeção de uma folha salarial que pode chegar a R$ 20 milhões mensais é a prova de que o clube voltou a ter um dos maiores orçamentos do país, o que explica a leitura de “mudança de patamar” citada por Kalil.
“E é um cara que está disposto a colocar. ‘Eu vou colocar dinheiro no Cruzeiro, Kalil’. Ele viu que o negócio tava indo pro ralo e chegou a falar comigo. Ele falou: ‘Eu vou pegar isso, vou salvar isso’”, disse o ex-dirigente sobre uma conversa com Pedrinho.
Pedrinho prometeu e cumpriu
Quando um dos seus principais e mais combativos antagonistas históricos não apenas elogia, mas se diz publicamente “preocupado” com a sua gestão, é o sinal mais claro de que o investimento e o planejamento estão aparecendo em campo.
Pedro Lourenço conseguiu unir capital e identidade, uma combinação rara e poderosa no futebol brasileiro. O desafio do Cruzeiro, agora, é sustentar o alto fluxo de caixa e a boa governança para que o “novo patamar” citado por Kalil não seja apenas uma manchete de janela de transferências, mas se transforme em uma rotina de grandes títulos.