O roteiro do clássico mais importante do ano sofreu uma reviravolta digna de cinema a menos de uma semana da decisão. O que era um cenário de favoritismo absoluto para o Cruzeiro se transformou em um drama. Enquanto o Atlético comemora o retorno inesperado do atacante Cadu, a Raposa vive um pesadelo e pode perder seus dois maiores craques, Kaio Jorge e Matheus Pereira, por lesão.
A mudança drástica de cenário nesta sexta-feira (5) joga uma enorme dose de imprevisibilidade na batalha de volta das quartas de final da Copa do Brasil, marcada para a próxima quinta-feira (11), no Mineirão.
O Presente Inesperado do Galo: A Volta de Cadu
A boa notícia para a Massa Atleticana veio da Cidade do Galo. Após 11 meses de uma recuperação dolorosa de uma lesão de ligamento no joelho, o atacante Cadu, de 21 anos, foi liberado pelo departamento médico e já treinou com o novo técnico, Jorge Sampaoli. Ele já era dado como um dos desfalques certos do time.
Sua volta é vista como um “reforço caseiro” de última hora. Com sua velocidade e capacidade de drible, ele se torna uma arma poderosa para um time que precisa buscar uma virada de, no mínimo, dois gols.
O Pesadelo Azul: A Dupla de Craques no DM
Enquanto o rival comemora, a Toca da Raposa vive um clima de apreensão.
- Kaio Jorge: O artilheiro do Brasileirão sofreu uma lesão muscular na coxa a serviço da Seleção Brasileira e foi cortado. Com o jogo a apenas seis dias, sua presença é uma enorme incógnita.
- Matheus Pereira: O cérebro do time, sentiu um incômodo na panturrilha no treino de sexta e passará por exames. Perder o camisa 10, responsável pela criação e pela bola parada, seria um golpe fatal.
Análise: O Xadrez que Zera o Favoritismo
A reviravolta no departamento médico muda completamente o xadrez do clássico. A vantagem de 2 a 0 que o Cruzeiro construiu na ida, e que parecia quase definitiva, agora é ameaçada. Leonardo Jardim, que tinha um plano de jogo de controle, agora pode ser forçado a pensar em uma estratégia de sobrevivência sem seus dois jogadores mais decisivos.
Para o Atlético de Sampaoli, o cenário se inverte. A crise de confiança dá lugar a uma injeção de ânimo. A “missão impossível” da virada, de repente, se tornou muito mais palpável. A batalha da próxima quinta-feira, que já seria tensa, agora ganha contornos épicos, onde a superação e a gestão da crise serão tão importantes quanto a tática.