Um recado para tranquilizar a Nação Azul, mas que também coloca uma enorme pressão na diretoria. O estafe do meia Matheus Pereira avisou ao mercado e ao Cruzeiro: não há chance de o camisa 10 assinar com outro clube brasileiro. A declaração de lealdade, no entanto, vem acompanhada de um relógio que corre cada vez mais rápido: o clube tem menos de quatro meses para selar a renovação antes que o jogador possa assinar um pré-contrato de graça com qualquer time do exterior.
A informação, divulgada pelo jornalista Jorge Nicola, recoloca a principal novela dos bastidores da Toca da Raposa no centro do palco.
A Corrida Contra o Pré-Contrato
O contexto contratual de Matheus Pereira explica a urgência. Seu vínculo com o Cruzeiro vai até 30 de junho de 2026. Pela lei, a partir de 1º de janeiro de 2026, ele fica livre para assinar um pré-acordo com qualquer outro clube e deixar a Raposa sem nenhuma compensação financeira no meio do ano.
É para evitar esse cenário de “pesadelo” que a diretoria retomou as conversas, que estavam congeladas desde o primeiro semestre.
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O “Não” aos Rivais e a Sombra da Europa
O recado do estafe de que ele não negociará com rivais brasileiros é uma “carta de amor” que dá ao Cruzeiro a prioridade e a tranquilidade para negociar. No entanto, o episódio da negociação frustrada com o Zenit, da Rússia, em fevereiro, serve como um lembrete constante de que o mercado internacional para o camisa 10 é real e forte.
O Jogo de Xadrez da Renovação
A diretoria do Cruzeiro agora joga um xadrez de alto risco. O clube tem a narrativa e a lealdade do jogador a seu favor. O tempo, no entanto, é o maior trunfo do atleta.
O “não vou para rival” acalma o ambiente hoje, mas não muda o fato de que, em janeiro, o poder de barganha estará todo nas mãos de Matheus Pereira. Se quiser controlar o desfecho e proteger seu maior ativo, a SAF de Pedro Lourenço precisa transformar a prioridade em um contrato assinado ainda em 2025.