O Corinthians deu o “sinal verde” que faltava para destravar uma das negociações mais comentadas da janela de transferências. O clube paulista sinalizou positivamente para emprestar o centroavante Pedro Raul ao Internacional, e o acordo caminha a passos largos para ser fechado visando a temporada 2026.
O ponto que travava o avanço — a questão financeira — foi solucionado com uma engenharia de composição salarial. A tendência é que o Colorado assuma a maior fatia dos vencimentos mensais do atleta, desembolsando cerca de R$ 500 mil por mês, enquanto o Timão ficará responsável por complementar o restante do salário.
A Engenharia do Acordo no Corinthians: Divisão de Custos
O Inter trata a contratação de um “camisa 9” como prioridade absoluta e intensificou as conversas nas últimas horas. Diante da necessidade de reduzir sua folha salarial, o Corinthians adotou uma postura flexível, aceitando não se livrar de 100% do custo, mas reduzindo drasticamente o impacto no caixa.
- A Parte do Inter: O clube gaúcho está disposto a pagar cerca de R$ 500 mil mensais.
- A Parte do Corinthians: O Timão deve arcar com o saldo remanescente (estimado em R$ 200 mil, considerando o salário total na casa dos R$ 700 mil, base usada no empréstimo anterior ao Ceará).
Essa divisão permite que o negócio flua: o Inter ganha um atacante com custo-benefício controlado e o Corinthians mantém um ativo valorizado rodando na Série A.
Por que o Inter quer Pedro Raul?

A busca do Internacional por um centroavante é motivada por possíveis saídas e pela aprovação técnica. O clube avalia a chegada de Pedro Raul como uma reposição necessária diante da negociação em curso do jovem Ricardo Mathias com o futebol saudita.
Além disso, o nome do jogador passou pelo crivo do técnico Paulo Pezzolano, que vê no atleta as características físicas e de finalização necessárias para o seu modelo de jogo em 2026. O desempenho recente também pesou: em 2025, emprestado ao Ceará, Pedro Raul recuperou o faro de gol, anotando 17 tentos e 2 assistências em 45 jogos.
O Alívio para o Timão
Do lado do Parque São Jorge, a negociação é puramente estratégica e financeira. Pedro Raul foi comprado em 2024 por cerca de US$ 5 milhões (R$ 25 milhões à época) e possui contrato longo, válido até o fim de 2028.
Como o jogador não se firmou no elenco alvinegro, mantê-lo no banco recebendo salário integral seria um prejuízo duplo. O empréstimo funciona como um “meio-termo” inteligente: o clube economiza a maior parte dos vencimentos e mantém o jogador na vitrine, preservando a esperança de recuperar parte do investimento alto em uma venda futura.