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Corinthians muito preocupado com saída de Garro, em baixa, para o Racing (Argentina)

O Corinthians se vê diante de uma encruzilhada perigosa no mercado da bola. O meia Rodrigo Garro, contratado com status de solução e hoje alvo de críticas por oscilações e falta de protagonismo decisivo, entrou na mira do Racing (Argentina).

O interesse não vem de um clube qualquer: o atual campeão da Copa Sul-Americana enxerga no camisa 10 alvinegro a peça ideal para 2026, apostando que pode recuperar o futebol que ele mostrou no Talleres.

Para a diretoria do Timão, a situação é complexa. O clube precisa decidir se segura um ativo caro que está em baixa ou se negocia e corre o risco de ver o jogador “estourar” logo ali, do outro lado da fronteira.

A Visão do Racing: Oportunidade de Ouro

Enquanto a Fiel Torcida cobra regularidade, o Racing vê oportunidade. Os argentinos sabem que Garro tem o perfil de “enganche” clássico: canhoto, bom na bola parada e com passe vertical.

  • A Lógica de Mercado: O clube de Avellaneda entende que o momento de instabilidade no Brasil baixou o preço de negociação. Eles querem um titular pronto, adaptado à pressão, mas pagando menos do que o Corinthians investiu originalmente. É a aposta na recuperação técnica em um ambiente mais familiar.

O Dilema do Corinthians: Vender é Assumir o Erro?

Rodrigo Coca / Corinthians

O Corinthians investiu dezenas de milhões de reais para trazer Garro. Ele tem contrato longo e salário de titular absoluto. Liberá-lo agora, em um momento de baixa, traria dois problemas imediatos:

  1. Prejuízo Financeiro: Dificilmente o Racing pagará o valor integral que o Timão desembolsou. Vender agora seria realizar um prejuízo contábil, aceitando que o dinheiro gasto não voltará.
  2. O Medo do Sucesso Alheio: O maior temor interno é o “efeito boomerang”. Ver Garro sair, assumir a 10 do Racing e brilhar na Libertadores de 2026 seria um golpe duríssimo na gestão, provando que o problema não era o jogador, mas o contexto.

Análise: Segurar ou Rodar o Elenco?

A decisão sobre Garro define o perfil do Corinthians para 2026. Se o clube confiar na recuperação, precisa blindar o jogador e dar a ele um time que funcione ao seu redor. Se optar pela venda, precisará ser cirúrgico para trazer uma reposição que entregue resultado imediato, pois a torcida não terá paciência para outra aposta.

Hoje, a tendência é de proteção ao ativo, mas se o Racing colocar uma proposta que alivie o caixa e pague boa parte da conta, o pragmatismo financeiro pode falar mais alto que a convicção técnica.

Naiara Souza
Naiara Souza
Jornalista formada há quase dez anos pela Universidade Estácio de Sá, cobre o futebol há mais de cinco anos, focada em Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e Flamengo, e também as notícias mais importantes sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.