A “bomba” do mercado europeu estourou no Parque São Jorge, mas a resposta veio de dentro do campo. Gui Negão, atacante de 18 anos e revelação da temporada no Corinthians, “quebrou o silêncio” sobre o forte assédio do Zenit (Rússia) e da Premier League. Em entrevista, o garoto criado em Itaquera freou a euforia dos estrangeiros e mandou um recado direto à Fiel Torcida: “Eu preciso fazer história no Corinthians primeiro. Quero ganhar título aqui”.
A declaração emociona, mas o mercado é frio. O Corinthians, ciente de que tem uma joia nas mãos e pressionado por dívidas, já definiu o “preço de etiqueta” para liberar o atacante: a conversa só começa em € 30 milhões (cerca de R$ 184 milhões).
O “Muro” de R$ 184 Milhões: A Régua do Corinthians
O valor pedido pelo Corinthians é alto e estratégico. O clube sabe que o Zenit e times árabes monitoram o jogador e estão dispostos a pagar caro. A pedida de R$ 184 milhões visa maximizar o lucro sobre os 80% dos direitos que o clube detém.
- Valor de Mercado: No Transfermarkt, Gui vale € 5 milhões.
- A Aposta: O Timão aposta que, se segurar o garoto por mais um ano, seu valor real pode se aproximar da pedida, transformando-o na maior venda da história do clube.
A Blindagem: Multa e Contrato Longo

Para se proteger do assédio, a diretoria agiu rápido. O contrato de Gui foi renovado até agosto de 2030, com uma multa rescisória internacional estipulada em € 100 milhões. Essa blindagem dá ao clube o controle total do timing da venda, permitindo recusar ofertas “baixas” (como as sondagens de € 15 milhões que chegaram).
Análise: O Dilema entre Ídolo e Caixa
A postura de Gui Negão é rara no futebol moderno. O desejo de “fazer história” antes de partir para a Europa cria uma conexão imediata com a torcida. No entanto, a realidade financeira do Corinthians (dívida de R$ 2,4 bilhões) joga contra.
Se uma proposta na casa dos € 30 milhões chegar na mesa de Augusto Melo em janeiro, será difícil dizer “não”, mesmo com a vontade do jogador de ficar. O desafio da diretoria será equilibrar a necessidade de caixa com o sonho de ver um “maloqueiro e sofredor” levantar taças pelo clube.