A imprensa argentina voltou a colocar um jogador do Corinthians na mira do Boca Juniors. Desta vez, o nome é o do meia Rodrigo Garro. A especulação, que partiu do portal El Crack Deportivo, ganhou repercussão no Brasil, mas esbarrou em uma posição firme e taxativa da diretoria alvinegra: a chance de um negócio acontecer em janeiro é “zero”.
O Ruído Argentino e a Posição do Timão
A notícia ventilada na Argentina sugere que o clube Xeneize estaria estudando uma investida para contratar o camisa 10 do Timão. No entanto, apurações do portal Bolavip Brasil junto a fontes do Parque São Jorge indicam que, do lado corintiano, não há qualquer abertura para negociação nos moldes especulados. A resposta é curta e direta, descartando a possibilidade.
A Muralha do Corinthians: Por Que a Saída é Improvável?
A posição firme do Corinthians não é blefe e se baseia em três pilares concretos que protegem o clube no mercado da bola:
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- Contrato Longo e Multa Elevada: Garro tem contrato válido até 31 de dezembro de 2028. Para o mercado externo, a multa rescisória é de € 100 milhões (cerca de R$ 570 milhões), e para o mercado brasileiro, o valor é de R$ 300 milhões. Não há atalho para uma saída barata.
- Parâmetro de Recusa: O clube já provou que não cede à pressão. Em fevereiro deste ano, o Corinthians rejeitou uma proposta oficial de € 25 milhões (aproximadamente R$ 142 milhões) do Zenit, da Rússia. Esse valor já colocaria Garro entre as maiores vendas da história do clube.
- Status de Protagonista: Rodrigo Garro é hoje o principal articulador e peça-chave no time de Dorival Júnior, e sua saída representaria uma perda técnica irreparável no meio da temporada.
Análise: Jogo de Mercado ou Negócio Real?
Ainda que o Boca Juniors possa flertar com a ideia de ter Garro, quem manda no tabuleiro são os fatos: o contrato longo e a régua de preço já estabelecida pelo Corinthians.
Se uma oferta de € 25 milhões de um clube com alto poder de investimento como o Zenit não foi suficiente, por que uma proposta inferior do futebol argentino seria? No curto prazo, a novela tem muito mais cara de uma agenda de mercado, plantada para agitar os bastidores, do que de uma negociação com chances reais de se concretizar.