O Corinthians tem quatro reforços prontos para serem anunciados, mas, no momento, está legalmente impedido de registrar qualquer um deles. Em uma corrida desesperada contra o relógio, a diretoria trabalha para derrubar o transfer ban imposto pela FIFA antes do fechamento da janela, em 2 de setembro, e oficializar um “pacotão” de novos jogadores que já está engatilhado.
A estratégia da diretoria, agora sob o comando de Osmar Stabile, é ousada: enquanto negocia o pagamento de uma dívida milionária, já deixa os contratos dos reforços alinhados para não perder tempo.
A “Fila de Espera” Alvinegra
Nos bastidores, o clube já tem acordos verbais com quatro jogadores. O único nome conhecido é o do ponta Agustín Anello, de 23 anos, do Boston River (Uruguai). Os outros três atletas são mantidos em sigilo para evitar a concorrência. Todos seguem o mesmo perfil: contratações de baixo custo, que chegariam por empréstimo ou como agentes livres.
A Batalha Contra o Transfer Ban
O que impede os anúncios é a punição da FIFA pelo não pagamento da dívida com o Santos Laguna, do México, pela compra de Félix Torres. O valor gira em torno de R$ 33 a R$ 40 milhões. O Corinthians já tentou diversos acordos para parcelar a quantia, mas o clube mexicano faz jogo duro e exige o pagamento quase integral à vista.
Análise: Planejamento sob Pressão
A estratégia do Corinthians é um misto de agilidade e alto risco. Ao deixar quatro reforços de baixo custo “engatilhados”, a diretoria ganha tempo e se antecipa aos concorrentes. É uma demonstração de planejamento proativo.
O calcanhar de Aquiles, no entanto, é o relógio. Cada dia sem um acordo com o Santos Laguna encurta a margem para inscrever os novos atletas. Se a diretoria conseguir reverter o ban a tempo, a jogada será de mestre. Se não, todo o planejamento terá sido em vão para esta janela.