Em uma demonstração de força e comando, o técnico Dorival Júnior bateu o pé e vetou a saída do volante Maycon do Corinthians. Uma negociação que já avançava com o Al-Nasr, de Dubai, e que agradava ao Shakhtar Donetsk, dono do passe do jogador, foi barrada na última hora por uma decisão puramente técnica, motivada pela súbita crise de lesões no elenco alvinegro.
A informação, revelada pelo ge, mostra o peso do treinador no planejamento do futebol do Timão e muda o futuro do camisa 7 no clube, ao menos nesta janela.
A Crise de Lesões que Mudou Tudo
O “não” de Dorival foi um gatilho acionado por uma emergência no departamento médico. Com as baixas confirmadas de peças-chave do meio-campo, como André Carrillo (cirurgia no tornozelo) e Memphis Depay (lesão muscular na ocasião), o treinador entendeu que perder Maycon agora criaria um buraco tático impossível de ser preenchido a curto prazo.
A leitura da comissão técnica é simples: em jogos grandes, o volante equilibra a pressão na marcação e qualifica o primeiro passe, características essenciais que não poderiam ser repostas facilmente.
A Negociação que Agradava a Todos (Menos ao Técnico)
A proposta do Al-Nasr era vista como uma boa oportunidade de mercado pelo Shakhtar, clube ucraniano que emprestou Maycon ao Corinthians até o fim de 2025. Para os ucranianos, uma venda seria ideal.
Para o Corinthians, a saída aliviaria a folha salarial. No entanto, a necessidade esportiva falou mais alto, e o veto de Dorival foi acatado pela diretoria, que fechou a porta para os árabes.
Análise: A Força da Prancheta
O episódio Maycon é um recado claro sobre quem manda no futebol do Corinthians: a prancheta de Dorival Júnior. A decisão mostra um treinador com total autonomia e respaldo da diretoria para tomar decisões que priorizem o campo, mesmo que contrariem a lógica de mercado.
Ao blindar Maycon, Dorival não apenas segura um jogador importante para a reconstrução do time em meio à crise, mas também fortalece sua liderança e envia uma mensagem de estabilidade ao elenco e à torcida. Em um clube que precisa de um rumo claro, a palavra final ser a do comandante é um excelente sinal.