O nome de Gustavo Scarpa voltou a circular com força nos bastidores do mercado da bola, colocando a diretoria do Atlético-MG em estado de alerta. O meia, que oscilou entre o protagonismo e o banco de reservas na reta final da temporada sob o comando de Jorge Sampaoli, tornou-se alvo de dois vetores distintos: clubes da elite da Série A, que sondam sua situação, e o rico futebol da Arábia Saudita, que já tentou abrir conversas com valores na mesa.
Atualmente, o Transfermarkt avalia o jogador em € 6 milhões (cerca de R$ 38,7 milhões na cotação atual). No entanto, o Atlético já deixou claro que não fará “liquidação”. O clube mineiro recusou investidas recentes que considerou baixas e trabalha com uma lógica financeira rígida: só aceita negociar se a proposta cobrir o investimento feito para trazê-lo da Europa, evitando prejuízo contábil e técnico.
O “Não” para a Arábia e a Régua de Preço do Atlético-MG
O interessado mais concreto até o momento foi o Al-Taawoun, da Arábia Saudita. Segundo informações do ge e da ESPN, os sauditas sinalizaram com ofertas variando entre US$ 3,5 milhões (R$ 19 milhões) e US$ 4 milhões (R$ 22 milhões). A resposta do Galo foi negativa.
O motivo da recusa é matemático. O Atlético pagou cerca de € 5 milhões (aprox. R$ 32,25 milhões na cotação de hoje) para comprar Scarpa junto ao Nottingham Forest. Aceitar as ofertas árabes significaria assumir um prejuízo de mais de R$ 10 milhões.
Nos bastidores, a diretoria estabeleceu esse valor de compra (€ 5 mi) como o “piso” moral e financeiro para qualquer conversa. Se a proposta não empatar o investimento, Scarpa fica na Cidade do Galo.
Série A no Radar e o Fator Sampaoli
Além do exterior, o mercado doméstico está atento. Scarpa, que em janelas anteriores priorizava a Europa, agora estaria disposto a ouvir projetos, segundo a ESPN. Isso acendeu o radar de rivais brasileiros — historicamente, Flamengo e Palmeiras já monitoraram o atleta, embora neste momento o cenário seja de sondagens gerais e não de uma proposta formalizada por um rival específico.
O que pode acelerar uma saída é o contexto esportivo. Apesar de ter números robustos pelo Galo (segundo O Tempo, ele soma participação direta em 36 gols, com 12 tentos e 24 assistências em sua passagem), o meia perdeu espaço no time titular com a chegada e consolidação do estilo de Sampaoli. Para 2026, com a SAF buscando reequilibrar a folha salarial e o treinador pedindo reforços com outras características, Scarpa virou um ativo “negociável”, desde que pelo preço certo.
