O Atlético-MG tomou uma decisão estratégica de mercado visando a temporada 2026: segurar Júnior Santos ou vender por valor alto. O clube mineiro recusou oficialmente uma proposta do Al-Wahda (Emirados Árabes) pelo atacante. A oferta era por um empréstimo com opção de compra, modelo que não agradou à diretoria alvinegra.
Internamente, o Galo trata o jogador como um “reforço caseiro” a ser recuperado, apostando que uma pré-temporada completa sob o comando de Jorge Sampaoli pode trazer de volta o futebol que motivou o clube a investir pesado em sua contratação.
A decisão de permanência tem dois pilares fundamentais: a proteção do investimento financeiro — o Atlético desembolsou cerca de R$ 47,3 milhões para tirá-lo do Botafogo — e a vontade do próprio atleta, que não demonstrou interesse em deixar Belo Horizonte neste momento. O entendimento é que liberar Júnior Santos por empréstimo agora seria transferir todo o risco para o Galo, desvalorizando um ativo que tem contrato longo e potencial técnico.
Atlético-MG define foco total em 2026 e o “Fator Sampaoli”
A temporada de 2025 de Júnior Santos foi comprometida por uma lesão complexa na região do abdômen/adutores, que exigiu cirurgia em outubro. O atacante não conseguiu ter sequência no Galo, contrastando com seu auge no Botafogo, onde foi artilheiro da Libertadores.
Para 2026, o cenário muda. Júnior Santos antecipou sua preparação e seguiu tratando no CT durante as férias, chegando a publicar nas redes sociais que “2026 já começou”. O clube acredita que a intensidade física exigida por Sampaoli pode casar bem com o estilo de força e velocidade do atacante, transformando-o em uma arma importante para o elenco, sem a necessidade de ir ao mercado buscar reposição.
Análise Moon BH: O Ano do “Vai ou Racha”

A recusa do Atlético faz total sentido financeiro. Emprestar um jogador que custou quase R$ 50 milhões no seu momento de baixa é assinar um atestado de prejuízo. O clube precisa tentar recuperar o ativo esportivamente antes de pensar em qualquer negócio.
Porém, 2026 vira o ano do “vai ou racha” para Júnior Santos. O Galo oferece a estrutura, o treinador e a paciência para a recuperação. Se o atacante responder em campo, vira o reforço que a torcida esperava. Se não entregar desempenho no primeiro semestre, aí sim a diretoria será forçada a mudar a postura e ouvir propostas, pois manter um ativo desse custo no banco vira um peso insustentável na folha.