O Atlético-MG deu um passo decisivo para redesenhar sua lateral esquerda visando a temporada 2026. A diretoria alvinegra avançou significativamente nas negociações com o Red Bull Bragantino para contratar Juninho Capixaba, de 28 anos. Uma reunião presencial entre as partes já teria ocorrido, sinalizando o desejo firme do Galo de contar com o jogador em definitivo. A movimentação agressiva no mercado acontece em meio às incertezas crescentes sobre o futuro de Guilherme Arana, que segue valorizado no exterior e pode protagonizar uma venda milionária na próxima janela.
A operação desenhada pela SAF atleticana é complexa e ambiciosa. Para tirar Juninho de Bragança Paulista, o clube sabe que precisará abrir o cofre, já que o Massa Bruta fixou o preço do atleta em cerca de € 7 milhões (entre R$ 44 e R$ 46 milhões).
O valor elevado reflete a importância tática do lateral e seu contrato longo, válido até o fim de 2027. Para viabilizar o negócio sem comprometer todo o orçamento, o Atlético estuda uma “engenharia” que envolve a cessão do volante Patrick por empréstimo como moeda de troca, além de uma compensação financeira robusta.
Atlético-MG supera concorrência do Flamengo
O Galo não corre sozinho nesta disputa. O Flamengo também monitora a situação de Juninho Capixaba, visando uma reposição para a provável saída de Matías Viña. No entanto, o Atlético leva vantagem estratégica nos bastidores por oferecer um cenário esportivo mais atraente ao jogador.
Enquanto na Gávea Juninho teria que disputar espaço com o consolidado Alex Sandro, em Belo Horizonte ele chegaria com status de titular imediato ou como sucessor natural em uma transição direta caso a venda de Arana se confirme.
Juninho vive o auge da carreira no Bragantino. Em 2025, foi um dos pilares da equipe paulista, somando 38 jogos, 2 gols e 4 assistências. Sua regularidade, intensidade física e força no apoio ao ataque são características que agradam profundamente ao técnico Jorge Sampaoli, que vê no lateral o perfil ideal de “ala construtor” para seu modelo de jogo em 2026.
Guilherme Arana é a chave do cofre
A chegada de Capixaba está intrinsecamente ligada ao destino de Guilherme Arana. Apesar de enfrentar uma fase técnica instável e algumas cobranças da torcida, o camisa 13 continua sendo o ativo mais valioso do elenco atleticano.
Com sondagens recentes do futebol europeu (como o Spartak Moscou) e o interesse constante do Corinthians, o Galo trabalha com a possibilidade real de negociá-lo na janela de verão de 2026.
A pedida do Atlético para liberar seu titular gira em torno de € 13 milhões (cerca de R$ 80 milhões), embora o mercado hoje sinalize com ofertas na casa dos € 8 a 10 milhões. A conta da diretoria é pragmática: se o clube conseguir vender Arana por valores próximos ao teto e fechar a compra de Juninho Capixaba por € 7 milhões, a operação casada permitiria uma renovação técnica no setor e ainda deixaria um saldo positivo no caixa da SAF, garantindo competitividade e saúde financeira.
