O casamento entre Gustavo Scarpa e Atlético-MG pode estar chegando ao fim. Pela primeira vez desde sua chegada, em 2024, o meia de 31 anos abriu as portas para uma transferência. Segundo informações do jornalista André Hernan, o camisa 6 autorizou seu estafe a ouvir propostas para a janela de 2026. A insatisfação com a perda de espaço sob o comando de Jorge Sampaoli na reta final da temporada é o principal motor da decisão.
Do lado do Galo, a postura mudou. Se antes o clube tratava o jogador como inegociável, agora admite vendê-lo, desde que chegue uma “boa oferta”. O parâmetro é claro: o Atlético já recusou duas investidas do Al Taawoun (Arábia Saudita) em 2025, a última na casa dos US$ 4 milhões (cerca de R$ 22,8 milhões).
O Valor de Scarpa no Atlético-MG: Contrato e Salário
Para tirar Scarpa de Belo Horizonte, o interessado terá que abrir o cofre.
- O Preço: Como o Galo recusou R$ 22,8 milhões recentemente, a diretoria espera propostas acima desse patamar, possivelmente vindo do exterior (MLS ou Oriente Médio), já que reforçar um rival brasileiro é a última opção.
- O Custo Mensal: Scarpa tem um dos maiores salários do elenco (cerca de R$ 1,1 milhão). Sua saída abriria um espaço gigantesco na folha salarial para a reformulação pretendida por Sampaoli.
Hoje Scarpa vale, segundo o Transfermarkt, 7,5 milhões de Euros, o que dão algo na casa dos R$ 47 milhões.
Os Interessados: Arábia e Inter na Espreita

O mercado árabe segue sendo o destino mais provável, dada a capacidade financeira. No entanto, o Internacional monitora a situação de longe, embora o Atlético prefira não negociar com concorrentes diretos da Série A. Para Scarpa, a saída seria a chance de buscar um último grande contrato e retomar o protagonismo que teve no Palmeiras e no início de sua passagem pelo Galo.
Análise Moon BH: Divórcio Consensual
A saída de Scarpa parece ser o melhor caminho para ambas as partes. O jogador quer minutos e protagonismo; o clube quer oxigenar o elenco e aliviar a folha. Se chegar uma proposta na casa dos € 5 a 6 milhões, o negócio deve sair.
O Atlético perde em talento individual, mas ganha em fôlego financeiro para montar um time mais físico e intenso, como Sampaoli deseja. A era Scarpa no Galo, marcada por assistências e títulos mineiros, caminha para um fim melancólico, mas lucrativo.