Em meio à turbulência que tomou conta da Cidade do Galo após a perda de títulos e o desempenho oscilante, o atacante Rony decidiu se posicionar. Alvo constante de críticas da torcida e citado em listas de “negociáveis” para a reformulação de 2026, o camisa 10 (ou número atual) do Atlético-MG quebrou o silêncio.
Em entrevista contundente, ele não fugiu da raia, admitiu o cenário de incerteza, mas mandou um recado direto à diretoria: se depender dele, a história em Belo Horizonte não acabou.
“Me vejo, sim (no Galo em 26). Eu não estou aqui de passagem, eu não vim aqui para passear, muito menos para ser mais um jogador que passou pelo clube e não ganhou”, disparou o jogador. A declaração é uma resposta clara aos rumores de que ele seria um dos primeiros nomes na barca de saídas planejada pela SAF para aliviar a folha salarial.
Rony no Atlético-MG: Salário de Protagonista, Entrega de Coadjuvante
A fala de Rony tenta combater uma realidade incômoda. O atacante chegou com status de estrela, custando um alto investimento e recebendo um dos maiores salários do elenco. No entanto, em campo, a entrega não foi proporcional ao custo. A torcida cobra decisão em jogos grandes, algo que Rony fez em outros clubes, mas que faltou no Galo em 2025.
- A Defesa do Jogador: Ao afirmar que “se quiserem que eu esteja aqui, vou estar de corpo e alma”, Rony transfere a pressão. Ele se coloca como soldado pronto para a batalha, deixando o ônus da dispensa (e o custo da rescisão ou negociação) inteiramente nas mãos da diretoria.
A Reformulação de 2026: Rony Encaixa?

A permanência de Rony passa pelo crivo financeiro e tático. O Atlético-MG precisa baixar a folha. Manter um jogador caro que divide opiniões é um risco.
Por outro lado, sua intensidade física e capacidade de pressionar a saída de bola adversária são características que, em tese, agradam a qualquer treinador moderno (como Sampaoli). A dúvida é: o Galo pode se dar ao luxo de pagar “preço de artilheiro” por um jogador tático?
Análise: O “Fico” Depende da Bola, Não do Discurso
Rony fez o movimento político correto. Mostrou comprometimento e rejeitou o rótulo de acomodado. Mas, no futebol, discurso não ganha jogo nem paga boleto.
Para ficar em 2026 e virar o jogo com a Massa, Rony precisará que a diretoria compre seu barulho e que ele, em campo, justifique cada centavo investido. Se a “barca” zarpar, ele sairá de cabeça erguida. Se ficar, terá a obrigação de transformar a promessa de “corpo e alma” em gols e taças.