O futuro de Givanildo Vieira de Sousa, o Hulk, no Atlético-MG está prestes a ser definido. Após o vice-campeonato na Sul-Americana e a pressão da torcida, o próprio jogador solicitou uma reunião com a alta cúpula da SAF e com o técnico Jorge Sampaoli para discutir sua permanência em 2026. O encontro, marcado para depois do fim do Brasileirão, é tratado como decisivo.
Enquanto isso, o Grêmio observa de perto. O clube gaúcho foi avisado de que qualquer negociação só começará após essa conversa em Belo Horizonte, mas já prepara terreno para uma investida ousada caso o ídolo decida deixar Minas Gerais.
O Peso de R$ 1,5 Milhão por Mês no Atlético
O centro do debate não é apenas técnico, mas financeiro. Hulk tem contrato com o Atlético-MG até dezembro de 2026, com um dos maiores salários do futebol brasileiro: cerca de R$ 1,5 milhão mensais (R$ 18 milhões/ano).
Para a SAF alvinegra, que planeja reduzir custos e rejuvenescer o elenco, manter um jogador de 39 anos com esse custo exige convicção total de que ele ainda será o protagonista. A reunião servirá para alinhar expectativas: ou Hulk aceita um papel readequado (talvez com redução ou bônus), ou a porta de saída se abre.
O Grêmio na Espreita: Projeto e Oportunidade
A nova gestão do Grêmio, liderada por Odorico Roman, vê em Hulk a oportunidade de mercado perfeita para iniciar um ciclo vencedor. O Tricolor já fez chegar ao estafe do jogador um esboço de proposta:

- Contrato: 1 ano (2026), com renovação automática por metas.
- Bônus: Foco em produtividade (gols, jogos), para diluir o risco do salário fixo alto.
O clube gaúcho sabe que tirar Hulk do Galo exige uma operação financeira complexa, mas aposta no desejo do jogador de continuar competindo em alto nível no Brasil se não houver espaço em BH.
Análise: Fim de Ciclo ou Última Dança?
A reunião de dezembro definirá o legado de Hulk. Se ficar, será para uma “última dança” planejada, buscando encerrar a carreira como o maior ídolo da história recente do clube. Se sair, será o fim de uma era e o início de um desafio arriscado no Sul.
Para o Atlético-MG, a decisão é dolorosa: liberar o ídolo alivia a folha, mas fere a identidade do time. Para o Grêmio, é a chance de ter um craque, mas com o risco da idade. A bola está com Hulk e com a SAF: o aperto de mão (ou o adeus) em dezembro mudará o mercado de 2026.