A novela Renzo Saravia no Atlético caminha para um final feliz. Após a declaração pública do jogador de que sua prioridade era permanecer no clube, a diretoria alvinegra agiu rápido e iniciou as tratativas para a renovação. O otimismo é altíssimo: o estafe do lateral fala em “90% de chance de dar certo”, e a expectativa é de um novo contrato assinado ainda antes do fim do ano.
A análise do cenário mostra que a renovação deixou de ser uma obrigação para evitar a perda do jogador de graça e se tornou um movimento estratégico, validado pelo novo comando técnico.
Atlético quer fechar negócio com Saravia
O que mudou em tão pouco tempo? Duas coisas, principalmente:
A Lealdade Recompensada: Ao afirmar que esperaria pelo Galo mesmo podendo assinar um pré-contrato com outro clube, Saravia demonstrou um comprometimento raro. A diretoria, ao responder rapidamente com o início das negociações, reconhece e recompensa essa lealdade.
A Validação de Sampaoli: Mais importante ainda, Saravia ganhou minutos e relevância com Jorge Sampaoli. O técnico argentino utilizou o lateral em diferentes funções – inclusive como zagueiro pela direita em uma linha de três – e viu nele uma “peça coringa”, útil pela experiência e versatilidade em um elenco com muitas baixas. A renovação agora tem o aval do campo.
+ Marcos Rocha diz que foi impedido de voltar ao Galo, saindo do Palmeiras
O Negócio Lógico: Custo-Benefício e Estabilidade

Para o Atlético, estender o vínculo de Saravia (provavelmente por mais um ano, até o fim de 2026) é a decisão mais lógica do ponto de vista financeiro e esportivo.
- Custo: Renovar com um jogador de 32 anos, já adaptado e que aceita um papel no elenco, é infinitamente mais barato do que ir ao mercado buscar um substituto.
- Benefício: O clube mantém um atleta experiente, que conhece o ambiente e que Sampaoli já demonstrou saber utilizar taticamente, dando profundidade e opções ao elenco.
O que eu acho?
A renovação de Renzo Saravia é a vitória do pragmatismo e da boa relação. O jogador colhe os frutos de sua lealdade, e o clube resolve uma pendência contratual de forma inteligente, mantendo uma peça útil sem inflacionar a folha.
O “final feliz” da novela mostra que, mesmo em um futebol cada vez mais guiado por números e contratos, a vontade do jogador e a validação do treinador ainda são capazes de definir destinos.