A cobrança pela derrota humilhante para o Fluminense chegou, e veio direto do topo. Os donos da SAF do Atlético, Rubens Menin e Renato Salvador, foram à Cidade do Galo na manhã desta segunda-feira (6) para uma reunião de crise com o técnico Jorge Sampaoli e os líderes do elenco. O recado foi duplo: um forte “puxão de orelha” pela performance apática, mas também um voto de confiança para uma reação imediata.
A mensagem, no entanto, é clara: a paciência tem limite, e o relógio para uma resposta em campo começou a correr.
Análise da Mensagem Dupla: Cobrança com Respaldo
A atitude da cúpula do Galo é uma clássica manobra de gestão de crise. Ao realizar duas reuniões separadas — primeiro com a comissão técnica, depois com os jogadores —, a diretoria distribuiu as responsabilidades:
- Para Sampaoli: O recado é de que ele segue respaldado para implementar seu trabalho, mas que ajustes de postura e de modelo de jogo são urgentes. Ele não está na berlinda hoje, mas passa a ficar sob observação intensa.
- Para os Jogadores: O “ultimato velado” foi para eles. Ao chamar os líderes do vestiário para a conversa, a diretoria joga a responsabilidade da reação para dentro de campo. A cobrança foi por entrega, atitude e execução, tirando o foco de apenas uma crise tática.
Donos do Atlético deram a Sampaoli e jogadores 3 missões

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A pressão por uma virada de chave é imediata, pois o calendário não dá trégua. O desempenho do time nos próximos três jogos será o termômetro para a diretoria avaliar se a cobrança surtiu efeito.
Eles receberam 3 missões importantes: não perder nenhum dos jogos que acontecem em outubro contra os rivais nacionais. A importante garantir pelo menos um empate contra cada uma das equipes que vêm a seguir:
- 08/10 (qua): Atlético x Sport (em casa)
- 15/10 (qua): Atlético x Cruzeiro (o clássico)
- 18/10 (sáb): Corinthians x Atlético (fora)
O que eu acho? (opinião)
A visita da diretoria ao CT funciona como uma demonstração de força e uma tentativa de controlar a narrativa, mostrando para a torcida que a insatisfação do campo chegou aos gabinetes.
O gesto de “estamos cobrando, mas estamos juntos” é válido, mas sua eficácia tem prazo de validade. Se a equipe não apresentar uma mudança drástica de postura e, principalmente, de resultados já a partir do jogo contra o Sport, a mesma foto dos dirigentes no CT deixará de simbolizar apoio para se tornar a crônica de um desgaste anunciado. A bola, agora, queima nos pés dos jogadores.