O telefone tocou na diretoria do Atlético nos últimos dias da janela de transferências com uma proposta tentadora: US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 26,8 milhões) à vista, vindos do futebol da Arábia Saudita, pelo atacante Rony. A decisão da cúpula da SAF, no entanto, foi de dizer “não” e manter o jogador no elenco.
A diretoria avaliou que o “timing” da oferta era ruim e que a perda técnica seria muito grande para a reta final da temporada.
A proposta e os motivos da recusa
A oferta, revelada pelo jornalista Jorge Nicola, chegou nos últimos dias do mercado saudita, o que foi o principal motivo para a recusa. A diretoria do Atlético entendeu que não haveria tempo hábil para encontrar uma peça de reposição à altura, e que a saída de um jogador importante agora enfraqueceria o time do técnico Cuca em um momento decisivo.
Internamente, o clube reforçou que Rony segue nos planos da comissão técnica, razão adicional para “blindar” o atleta.
O contexto: um investimento recente e de alto custo
A decisão de não vender também tem um componente financeiro estratégico. Rony foi comprado do Palmeiras em fevereiro deste ano, em uma operação que custou ao Atlético cerca de € 6,5 milhões (quase R$ 40 milhões na época).
Aceitar uma venda por R$ 26,8 milhões poucos meses depois representaria um prejuízo financeiro e um atestado de que o planejamento esportivo falhou. A diretoria aposta que, com uma boa sequência de jogos, o jogador pode se valorizar ainda mais até a próxima janela, em janeiro.
Análise: resultado em campo agora, valorização depois
A recusa do Atlético é um recado claro. Apesar da pressão por caixa, a prioridade no momento é o resultado esportivo. Com o time ainda vivo em competições importantes, a diretoria preferiu manter uma peça de mobilidade e profundidade no ataque a aceitar um dinheiro que, embora significativo, viria acompanhado de um problema técnico.
A aposta da gestão é que Rony recupere sua melhor performance, ajude o time a atingir seus objetivos em 2025 e, com isso, possa ser reavaliado no mercado no início de 2026, quando o clube terá mais tempo para planejar uma eventual reposição.


