O empresário Rubens Menin, principal acionista da SAF do Atlético, atravessa o mês de setembro contabilizando excelentes notícias em quase todos os seus negócios, mas com um grande ponto de atenção: o futebol. Enquanto suas empresas listadas na bolsa (MRV e Inter&Co) e seus veículos de mídia (Rádio Itatiaia e CNN Brasil) batem recordes de valorização e audiência, o Galo, seu projeto de paixão, amarga uma eliminação dolorosa na Copa do Brasil e vive sob constante pressão esportiva e financeira.
Mercado e Mídia: um cenário de sucesso
Nos negócios, o cenário para Menin é extremamente positivo. A construtora MRV viu suas ações dispararem após um balanço positivo no segundo trimestre. O Banco Inter, fundado por sua família, reportou lucro recorde de R$ 315 milhões e atingiu a marca de 40 milhões de clientes.
Ambas as companhias tiveram crescimento de mais de 50% no valor das ações nos últimos seis meses.
Na mídia, a Rádio Itatiaia segue como líder isolada de audiência em Belo Horizonte, e a CNN Brasil anunciou um recorde histórico de audiência digital em junho, com mais de 200 milhões de visualizações de página.
O ponto fora da curva: o Atlético
O contraste com o Atlético é gritante. Enquanto os outros negócios prosperam, o clube vive um “freio de arrumação”. Em campo, o time foi recentemente eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil pelo arquirrival Cruzeiro, em uma derrota por 2 a 0 que gerou enorme frustração.
Fora de campo, a SAF, embora capitalizada, ainda busca novos aportes para organizar seu passivo, uma dificuldade admitida publicamente pela diretoria.
Análise: por que o Galo ‘derrapa’?
O contraste entre o sucesso empresarial de Menin e os desafios no Atlético expõe a diferença fundamental entre os mundos corporativo e esportivo. Empresas como MRV e Inter respondem a métricas objetivas de balanços trimestrais e estratégias de mercado bem definidas. O sucesso é medido em lucro, crescimento e valor da ação.
O futebol, por sua vez, é muito mais volátil. Ele depende de ciclos técnicos, da performance de atletas e de uma dose de aleatoriedade que a bola rolando impõe. A percepção de sucesso ou fracasso é imediata e passional, ditada pelo resultado de ontem.