O técnico Jorge Sampaoli mal chegou e já mostrou sua força nos bastidores do Atlético. Por recomendação direta do novo comandante, o clube bateu o pé e recusou uma nova e mais agressiva investida do Al-Taawoun, da Arábia Saudita, pelo meia Gustavo Scarpa. A proposta mais recente, que chegou à casa dos US$ 8 milhões (cerca de R$ 43 milhões), foi prontamente rechaçada.
A decisão, tomada em um momento de reconstrução do time, é um recado claro da nova comissão técnica e da diretoria da SAF: os pilares do elenco não estão à venda.
A Ofensiva Árabe e o “Não” do Galo
O assédio do Al-Taawoun por Scarpa não é novo. Em agosto, o clube já havia apresentado uma primeira oferta de US$ 3,5 milhões, que foi considerada muito baixa. A nova proposta, de US$ 8 milhões, representou um avanço significativo, mas ainda assim não foi suficiente para convencer a cúpula alvinegra.
A postura do Atlético é firme. O clube investiu cerca de €5,5 milhões para trazer o jogador no fim de 2023 e não tem interesse em negociá-lo por um valor que não represente um lucro substancial.
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O Fator Sampaoli: Pilar do Novo Projeto
A chegada de Sampaoli foi o fator decisivo para “trancar a porta”. O técnico argentino vê em Scarpa o pilar técnico ideal para a implementação de seu modelo de jogo.
O camisa 10 é o jogador com a qualidade no passe, a visão de jogo e a excelência na bola parada essenciais para a filosofia de posse de bola e agressividade do novo comandante. Vender o principal articulador do time no início de um novo trabalho seria um contrassenso.
A Janela que Não Fechou
Apesar da recusa, a “novela” pode não ter acabado. A janela de transferências da Arábia Saudita segue aberta até 10 de setembro. Isso significa que o Al-Taawoun ainda tem alguns dias para, quem sabe, apresentar uma terceira e “irrecusável” proposta. No entanto, a tendência, com o veto de Sampaoli, é que o meia permaneça na Cidade do Galo.
A Vitória da Estratégia Esportiva
O “não” do Atlético à proposta por Scarpa é a vitória do planejamento esportivo sobre a oportunidade financeira. Em um momento de crise e com um novo técnico chegando, a diretoria fez a escolha correta ao blindar um ativo estratégico.
O recado para o mercado é claro: o Galo tem um projeto, e seus principais jogadores não serão vendidos a qualquer preço, especialmente quando são peças-chave para o sucesso desse mesmo projeto. Com a janela brasileira fechada, a reposição seria impossível, e o custo de perder Scarpa agora seria muito maior do que os milhões oferecidos pelos árabes.