Agora é oficial: Cuca não é mais o técnico do Atlético. A quarta passagem do treinador pelo clube chegou ao fim na manhã desta sexta-feira (29), com a demissão sendo comunicada poucas horas após ele receber alta de uma cirurgia no ombro. A derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro, na Copa do Brasil, foi a gota d’água para uma situação que já era considerada insustentável nos bastidores.
Em uma nota de despedida, o técnico, que tinha contrato até o fim de 2026, demonstrou entender a decisão e se despediu da torcida. Em sua fala, ele deixou uma discreta crítica pela venda de jogadores importantes e a falta de reposição à altura, como Rubens:
“Entendo a demissão. Acho que ela se justifica pelos últimos resultados no Campeonato Brasileiro. Infelizmente, perdemos jogadores importantíssimos que nos fizeram muita falta. Agradeço a todos os jogadores pela luta, entrega e parceria que tiveram comigo, sem restrições!”, diz o treinador.
Em julho, o treinador tinha avisado que perder o craque afetaria o desempenho do time: “Me preocupa muito. Me preocupa muito. Se a gente perder um jogador do nível do Rubens, não adianta, você não vai repor a altura”, disse Cuca na ocasião, quando a venda ainda era rumor.
Mensagem aos Torcedores
O treinador também mandou mensagem aos torcedores do clube e disse que tinha esperanças na Sulamericana:
“À diretoria, meu muito obrigado pela confiança. Aos torcedores, categoria em que me incluo, fica uma sensação ruim. Queria ser campeão novamente com eles. Tinha muita expectativa na Copa Sul-Americana. Minha alegria era fazê-los felizes. Nada apaga tudo o que fizemos juntos. O Galo sempre estará no meu coração e da minha família. Muito obrigado a todos!”.
A Conta da Ruptura: Multa de R$ 3 Milhões
A decisão de romper o contrato longo terá um custo para o Atlético. A multa rescisória de Cuca é estimada em cerca de R$ 3 milhões. Nos bastidores, a diretoria debateu uma “saída honrosa” em comum acordo justamente para tentar reduzir esse impacto financeiro.
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Análise: O Reset para Salvar a Temporada
A troca de comando antes do jogo de volta, em 11 de setembro, é uma aposta da SAF para tentar uma virada épica. A lógica é clara: dar tempo ao novo técnico (ou interino) para promover um “choque de comando” e tentar restabelecer a competitividade de um elenco caro.
A demissão de Cuca, embora custosa, virou o caminho mais curto para estancar a crise e tentar salvar o que resta do ano na Sul-Americana e no Brasileirão. No Galo de 2025, o placar do clássico virou, de fato, política de caixa e de RH.
