Para as novas gerações de atleticanos, acostumadas a ver o time campeão no Mineirão, pode parecer estranho, mas por quase 30 anos, o estádio foi visto como um território de azar para o Atlético. A “Maldição do Mineirão” foi uma superstição que marcou profundamente a história do clube e de sua torcida.
A lenda começou após a conquista do Campeonato Brasileiro de 1971. Depois daquele título, o Galo viveu um longo e doloroso jejum de títulos nacionais importantes.
Nesse período, o time chegou a diversas finais no Mineirão, mas acabava derrotado de formas traumáticas, como nas finais do Brasileiro de 1977 (perdida nos pênaltis para o São Paulo, mesmo invicto) e de 1980 (contra o Flamengo).

A cada derrota dolorosa em casa, a superstição se fortalecia. A torcida passou a acreditar que havia uma “maldição” que impedia o time de ser campeão em seu próprio salão de festas. O estádio, que deveria ser uma fortaleza, era visto com desconfiança e medo.
Atlético quebrou a ‘maldição’
A maldição só começou a ser quebrada em definitivo no século XXI, com as conquistas da Copa do Brasil de 2014 (em uma final histórica contra o maior rival, Cruzeiro) e, principalmente, com o “Triplete Alvinegro” de 2021, quando o Galo venceu o Mineiro, a Copa do Brasil e o tão sonhado Campeonato Brasileiro, com o jogo do título sendo uma virada espetacular no Gigante da Pampulha.
Aquelas vitórias não trouxeram apenas troféus; elas exorcizaram os fantasmas do passado e reconciliaram o Atlético com sua casa.