O grito “Eu Acredito!” é muito mais que um canto de arquibancada; é a síntese da fé inabalável da torcida do Atlético. E esse mantra tem data e local de nascimento: a noite de 30 de maio de 2013, no Estádio Independência, pelas quartas de final da Copa Libertadores.
O Galo, comandado por Ronaldinho Gaúcho, havia empatado o jogo de ida para o Tijuana, no México, por 2 a 2. Em casa, precisava de uma vitória simples, mas sofreu um gol e o placar de 1 a 1 eliminava o time.
O relógio avançava, o desespero começava a bater, mas então, das arquibancadas do Horto, surgiu de forma espontânea e poderosa o grito: “EU ACREDITO! EU ACREDITO!”.
Empurrado pela Massa, o time buscou o empate com um gol de Luan já nos acréscimos. Mas o drama maior ainda estava por vir: aos 48 minutos do segundo tempo, o árbitro marcou um pênalti para o Tijuana.
A eliminação parecia certa. Foi então que o goleiro Victor, hoje “São Victor”, defendeu a cobrança com o pé esquerdo, em um dos milagres mais emblemáticos da história do futebol.
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Aquele momento não apenas classificou o time para a semifinal, mas solidificou o “Eu Acredito” como o grito oficial da resiliência atleticana. Ele deixou de ser um canto e se tornou um estado de espírito.
Há quem defenda que o grito nasceu muito antes, quando o clube foi rebaixado para a série B do Brasileirão.