O Atlético decidiu emitir uma nota oficial para explicar seu lado da história após o Cuiabá acionar o Banco Central para investigar a situação financeira de Rubens Menin, que também é dono do Banco Inter.
Segundo a nota oficial do Galo, “em relação à disputa havida por Cuiabá e Atlético perante a CNRD da CBF, envolvendo a cessão do Atleta Deyverson, o Atlético procurou a Diretoria do referido Clube logo após o vencimento da segunda parcela contratual, com o objetivo de cumprimento da obrigação, tendo a composição sido categoricamente recusada pelo Cuiabá, que optou pelo litígio no lugar da conciliação”.
O clube, que ficou devendo parcelas pela compra de Deyverson e não pagou, diz que a situação deveria ser resolvida somente dentro da CBF, sem envolver outros negócios. Segundo o clube, é lá que está se defendendo:
“Dessa maneira, o Atlético exerce o seu direito de defesa, na forma legal e regulamentar, inclusive porque o Cuiabá promove cobrança de valores indevidos”, prossegue.
“Ação imprópria”
Ainda segundo a declaração oficial do clube, este tipo de atitude é imprópria, já que a situação deveria ser totalmente resolvida dentro do CNRD:
“O Atlético considera imprópria qualquer medida que possa vir ser adotada pelo Cuiabá relativa ao Atleta Deyverson fora do âmbito da CNRD, foro eleito pelas partes para a discussão sobre o caso”.
Apesar de ser a parte que descumpre o acordo, o Galo diz na nota que “reitera seu compromisso com o cumprimento de suas obrigações e aguarda, com serenidade, a deliberação da CNRD, embora lamente a postura constante adotada pelo Cuiabá, que não contribui para o diálogo entre as instituições”.
A denúncia do Cuiabá
Segundo o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, a denúncia solicita que o Banco Central avalie a situação econômico-financeira de Menin, que também é proprietário de uma instituição financeira. O objetivo é verificar se as dívidas acumuladas pelo Atlético e suas empresas controladas podem comprometer a conformidade exigida de controladores de bancos no país .
A denúncia se baseia em dispositivos do Conselho Monetário Nacional que condicionam a autorização de funcionamento de instituições financeiras à análise da capacidade financeira e da idoneidade de seus controladores. O Cuiabá entende que o passivo da Galo Holding pode impactar negativamente a governança, a liquidez e a integridade do banco controlado por Menin