Desde a semana passada a imprensa questiona o treinador Abel Ferreira sobre seu contrato de renovação com o Palmeiras e se ele vai ceder aos desejos de Leila Pereira para fechar acordo até 2027.
Um dos treinadores mais longínquos em atividade no mesmo clube de futebol brasileiro, Abel tem uma carreira de vitórias pelo Verdão e já se mostrou mais do que capaz para estar à frente do cargo.
Só que segundo ele, a vida de um treinador de futebol pode ser muito instável no Brasil por culpa da imprensa. A mídia exagera em qualquer acontecimento ou má fase, contribuindo para a queda de trenadores.
“A crítica é válida, mas quando exagera, contribui para um treinador cair”, disse Abel, lembrando que ele mesmo já foi vítima de análises que poderiam contribuir para sua queda. A crítica de Abel no Palmeiras acabou encontrando um aliado exatamente da imprensa: o apresentador Tiago Leifert.
Em seu canal do Youtube o ex-apresentador do Big Brother disse que é muito cômodo para um jornalista explorar qualquer tipo de crise por que gera oportunidade e engajamento, atraindo mais cliques para as matérias.
“Essa responsabilidade é dos torcedores e da imprensa. A manchete de ‘crise’ gera mais engajamento, é mais fácil ir para esses extremos do que buscar um caminho do meio”, diz Tiago Leifert.
Segundo o jornalista, até um muro pichado pedindo a demissão de um treinador, algo feito por uma única pessoa, pode ganhar contornos de crise a depender da cobertura da imprensa:
“O sonho do jornalista médio era um muro pichado. Dão muito espaço para isso. Qual a justificativa editorial para colocar na capa um muro pichado? Não tem. Muro pichado é vandalismo, é crime. Uma torcida de milhões, dois saem para pichar, e o jornalista coloca na capa porque é fácil, é mole, gera urgência, gera crise”, continuou Tiago.
Abel Ferreira no Palmeiras
O treinador é hoje o mais bem pago do país dentre os clubes brasileiros. Depois de vencer todos os campeonatos, Abel Feirreira acumula um salário de R$ 3 milhões por mês.
Se escolher renovar seu acordo, ele deve subir para cerca dos R$ 3,5 milhões ao mês. Uma cláusula de quebra de contrato também deve ser estabelecida acima de R$ 50 milhões.
O bom desempenho do Palmeiras na Libertadores e no Brasileirão também impulsionam a urgência do clube em fechar um novo acordo em breve.