Belo Horizonte tem hoje dois jogadores que personificam a força de seus clubes e a intensidade da maior rivalidade de Minas Gerais. De um lado, no Cruzeiro, o maestro Matheus Pereira. Do outro, no Atlético, o motor Guilherme Arana. Mas quem é mais decisivo? Uma análise detalhada sobre a trajetória, o estilo de jogo e o momento de cada um ajuda a entender o papel dos dois maiores craques em atividade na capital.
Matheus Pereira: o maestro do Cruzeiro
Aos 29 anos, Matheus Pereira é o cérebro do Cruzeiro. Após uma longa jornada na Europa, onde se destacou na Premier League, ele retornou ao Brasil para se tornar a referência técnica da Raposa, sendo comprado em definitivo em junho de 2024.
Sua temporada de 2024 foi espetacular, com 10 gols e 15 assistências. Ele é um meio-campista criativo, habilidoso, com visão de jogo e um chute perigoso de média distância. Apesar de algumas críticas sobre sua consistência em certos momentos dos jogos, sua liderança técnica em campo é inquestionável.
Hoje Matheus Pereira é o jogador mais caro do time de Pedrinho BH e está avaliado em 11 milhões de euros, algo na casa dos R$ 71 milhões na atual cotação.
Guilherme Arana: o motor ofensivo do Galo
Do lado alvinegro, Guilherme Arana, de 28 anos, se consolidou como um dos melhores laterais-esquerdos do país. Peça vital no Atlético desde 2020, ele coleciona títulos importantes, como o Brasileirão e a Copa do Brasil de 2021, e já superou marcas históricas de gols para a posição no clube.
Seu estilo é o do lateral moderno: veloz, forte fisicamente e com uma impressionante capacidade de chegar ao ataque para criar jogadas e, principalmente, marcar gols.
Segundo dados do Transfermarkt, Arana está avaliado em 10 milhões de euros, o que dão cerca de R$ 65 milhões.
Trajetórias de resiliência e reconhecimento na seleção
Ambos os jogadores compartilham histórias de superação que os levaram à Seleção Brasileira. Arana voltou de uma grave lesão no joelho em 2022 para reconquistar a titularidade absoluta no Atlético e uma vaga na Copa América.
Matheus Pereira, por sua vez, encontrou no Cruzeiro a confiança para retomar seu melhor futebol após uma passagem pelo futebol árabe, o que lhe rendeu sua primeira convocação para a seleção principal em outubro de 2024, um momento que, segundo ele, foi crucial para resgatar sua confiança na carreira.
Conclusão: dois reis para uma só cidade
Embora atuem em posições distintas, Pereira e Arana são os termômetros de suas equipes. O craque do Cruzeiro é o articulador, o talento que pensa o jogo e serve os companheiros.
O atleticano é a válvula de escape, a força e a explosão que impulsionam o time pelo lado esquerdo. Belo Horizonte tem o privilégio de ter dois craques deste nível como protagonistas de sua maior rivalidade, ambos com contratos longos e papéis de liderança em seus clubes.