
Não dá mais para ficar calado. O escândalo que envolve o INSS é, sem exagero, uma das maiores vergonhas da história recente do Brasil. E olha que a gente já viu muita coisa absurda nesse país. Mas quando o crime mira justamente os mais vulneráveis como idosos, doentes, analfabetos, indígenas isolados e o sistema finge que não viu, estamos diante de um colapso moral.
Mais de R$ 90 bilhões desviados. Quatro milhões de aposentados lesados. Gente que trabalhou a vida inteira para ter um mínimo de dignidade e, na hora que mais precisa, descobre que está sendo roubada e por dentro do próprio contracheque! Isso mesmo. Descontos automáticos, empréstimos que ninguém pediu, filiações fantasmas. Tudo feito no escuro e, o pior, com a conivência de quem deveria proteger.
Impunidade
O que me revolta não é só a cifra astronômica, mas o silêncio cúmplice das autoridades. O governo sabia. A CGU avisou. O TCU recebeu denúncias desde 2023. E o que foi feito? Nada. Ou pior: reuniões e mais reuniões com as entidades que hoje são investigadas por fraudar aposentados. É como colocar a raposa para cuidar do galinheiro.
E para quem gosta de empurrar a culpa para o passado, sinto informar: em 2019, o governo Bolsonaro criou a MP 871 justamente para blindar os idosos desses golpes. Adivinha quem votou contra? A esquerda. E em 2022, derrubaram a lei. O resultado? Explosão de fraudes em 2023 e 2024. Mas claro, ninguém vai falar disso agora.
O mais escandaloso? A solução do governo é usar dinheiro público para ressarcir as vítimas. Traduzindo: você vai pagar a conta do roubo. E os responsáveis? Continuam soltos, ricos e bem relacionados. É o crime perfeito.
Se fosse o pobre errando a declaração do Imposto de Renda, já estaria respondendo por fraude. Mas aqui, bilhões somem, o ministro é trocado e vida que segue.
O nome disso não é descuido. É sistema. Um sistema feito para proteger os mesmos de sempre — e ferrar com o povo.
E você, vai esperar que te roubem também ou vai se levantar?






















