O mercado da bola voltou a bater na porta da Arena, e a nova gestão do Grêmio, liderada por Odorico Roman, tem em mãos a primeira “batata quente” de 2026. Um clube da Turquia (cujo nome é mantido em sigilo) sinalizou que formalizará uma proposta de € 3,5 milhões (cerca de R$ 22 milhões) pelo zagueiro Gustavo Martins.
A informação, revelada pelo repórter Kaliel Dorneles, coloca a diretoria diante de uma decisão difícil: vender uma joia da base para fazer caixa imediato ou segurar um ativo que já valeu mais no passado recente.
Gustavo Martins, de 23 anos, terminou 2025 em alta. Com 32 partidas e 5 gols na temporada, ele se consolidou não apenas como zagueiro, mas como um “coringa” defensivo, atuando improvisado na lateral-direita sob o comando de Mano Menezes.
A Desvalorização ou Oportunidade para o Grêmio?
O valor oferecido pelos turcos (€ 3,5 milhões) é ligeiramente superior ao valor de mercado estipulado pelo Transfermarkt (€ 3 milhões), mas esbarra em um histórico perigoso. No início da temporada, o Grêmio recusou uma investida do Botafogo que girava em torno de € 5 milhões (empréstimo com opção de compra).
- O Impasse: Aceitar vender agora por R$ 22 milhões significaria admitir uma “desvalorização” do ativo ou uma necessidade desesperada de caixa.
- O Contrato: O jogador tem vínculo até dezembro de 2027, o que dá ao Tricolor a segurança de não precisar vender às pressas, a menos que a estratégia financeira da nova gestão exija liquidez imediata.
Ficar ou Sair? O Planejamento de 2026

A reportagem do ge listou Gustavo Martins entre os jogadores que permanecem para 2026, indicando que o plano esportivo conta com ele. Sua saída abriria uma lacuna dupla no elenco (zaga e lateral), obrigando o clube a ir ao mercado para repor. No entanto, a necessidade de reduzir a folha e gerar receitas para investir em posições carentes (como o meio-campo) pode pesar.
Análise: Vender o Futuro para Pagar o Presente?
Vender Gustavo Martins por R$ 22 milhões resolve problemas de curto prazo, mas pode ser um erro estratégico. Zagueiros jovens, altos (1,91m) e artilheiros são mercadoria rara.
Se o Grêmio negociar agora, corre o risco de ver o jogador “estourar” na Europa e valer o triplo em dois anos, repetindo a sina de vender talentos antes da hora. A decisão de Odorico Roman dirá se o Grêmio de 2026 será um clube vendedor ou formador de campeões.