Em um movimento estratégico, o Atlético Mineiro destinou mais da metade do capital inicial recebido da SAF (Sports Advisory Fund) para quitar dívidas junto a instituições bancárias. Em uma declaração à imprensa nesta terça-feira (12), o CEO Bruno Muzzi revelou que o clube conseguiu liquidar R$ 300 milhões em débitos desse tipo desde então.
Essa quantia representa uma proporção superior a 50% do montante total investido pela SAF no mês de outubro, quando a Galo Holding, empresa detentora da SAF, aportou R$ 506 milhões. No entanto, mesmo com essa significativa redução nas dívidas, aproximadamente R$ 400 milhões com instituições bancárias ainda permanecem em aberto, totalizando cerca de R$ 700 milhões.
A quitação das dívidas bancárias foi estabelecida como uma prioridade pelo Atlético desde o momento em que a venda das ações da SAF foi confirmada. Os altos juros associados a esses empréstimos foram identificados como fatores determinantes para o aumento do endividamento do clube nos últimos anos.
De acordo com estimativas do Galo, o pagamento de R$ 300 milhões nos últimos meses resultou em uma economia de R$ 54 milhões, representando o valor dos juros que seriam pagos ao longo do próximo ano. Além dos aproximadamente R$ 400 milhões pendentes em dívidas com instituições bancárias, o clube ainda enfrenta compromissos financeiros relacionados ao Profut e passivos provenientes de processos trabalhistas.
Diante desse contexto desafiador, o Atlético Mineiro está buscando reorganizar sua situação financeira, com o objetivo de reduzir as taxas de juros e estender os prazos de pagamento. A administração da SAF e da associação planeja realizar uma atualização nos próximos meses para calcular de forma mais precisa as dívidas atuais do clube.