É muito curioso a construção de uma narrativa que induz o torcedor a acreditar que a Arena MRV saltou de um custo de R$ 420 milhões para cerca de R$ 950 mi quase que por conta da Prefeitura de Belo Horizonte.
Quando não é sobre a PBH, entra em jogo o aumento de preços. O que o time não fala com clareza, porém, é que a obra poderia ter ficado livre da inflação se tivessem assinado o contrato de PMG (Preço Máximo Garantido) na data certa.
Neste modelo de negociação, “tudo que ficar acima do valor, a construtora arca”, disse o diretor financeiro da Arena MRV, Thiago Maia, em entrevista ao ge.
“Como previa o contrato com a Racional? Era licitação, iniciaram a obra e falava assim: um ano após o início da obra, já com os projetos executivos finalizados, a gente fecha o PMG. Ficamos negociando, acabou finalizando a assinatura final do PMG esse ano [2022], mas referente a abril de 2021”.
Também segundo Maia, a obra se pagou praticamente sozinha, quando consideramos a venda da primeira parte do Diamond, por R$ 290 mi.
“R$ 50 milhões de naming rights, que viraram R$ 70 milhões. E R$ 100 milhões de cadeiras que hoje viraram cerca de R$ 450 milhões. A arena foi bem-sucedida. Na busca por patrocínio estamos chegando perto dos R$ 100 milhões. Ainda temos estacionamento, alimentos/bebidas, o BH Festival, o próprio mural… A nossa ideia é que case com os R$ 950 milhões”.