A Prefeitura de Belo Horizonte, deverá continuar enfrentando denúncias de pouca merenda e crianças passando fome nas escolas municipais da capital.
Um levantamento do Moon BH mostra que, considerando a inflação dos alimentos e bebidas acumulada em 2022, a cidade terá menos poder de compra do que no ano passado, o que deve afetar diretamente a barriguinha dos pequenos.
Enquanto em 2022 a PBH destinou para “Alimentação Escolar” R$ 58.918.703,00, em 2023 o valor sofreu reajuste e foi para R$ 63.704.117,00. Um aumento de 8,1%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou 2022 com uma taxa de 5,79% acumulada no ano, mas alimentos e bebidas tiveram alta de preços de 11,64% no período. Para comprar a mesma quantidade de merenda que no ano passado, este seria o reajuste ideal.
Como o aumento da Prefeitura de BH foi menor do que a inflação dos alimentos, significa que mesmo com mais dinheiro, será possível comprar menos itens, porque eles ficaram mais caros.
Questionamos a PBH sobre o valor do reajuste e aguardamos resposta. Enquanto isso você pode ler outras matérias da editoria de política:
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Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
Há duas semanas o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o presidente Lula autorizou um estudo para reajuste nos valores repassados para merenda escolar: “O presidente está autorizando que a gente faça um estudo e, em breve, ele vai anunciar também o reajuste e o aumento repassado aos municípios, e, a ideia é fazer isto antes mesmo do início do ano letivo, a partir de fevereiro”.
O valor repassado não sofre reajuste há seis anos e até poderia ser uma ótima desculpa para a Prefeitura de BH usar, não fosse o fato dela ter enviado proposta para aumentar em R$ 43 milhões o valor de subsídio dos ônibus, que já gira na casa dos R$ 250 mi.