Em menos de 24 horas na cadeira de prefeito, Fuad Noman (PSD) conseguiu enviar para a Câmara Municipal de Belo Horizonte um projeto para conceder subsídio aos empresários. Vão levar quase R$ 250 milhões em 12 meses.
A mesma rapidez não é vista na suposta sindicância aberta para apurar o que uma professora denunciou como ordem da prefeitura: cortar merenda das crianças. Não se fala mais nisto.
Também não conseguiu fazer, até hoje, um projeto que possa melhorar condições de trabalho para médicos na capital. As crianças seguem enfrentando horas de atendimento nas UPAs. “Uma pena”, disse Fuad em entrevista para a Itatiaia.
Mas quando o assunto são os ônibus, a gestão não mede esforços. Segundo o Estado de Minas, a Prefeitura de BH entrou na Justiça pedindo a nulidade de um processo aberto pelo Ministério Público para anular os contratos atuais.
“Vamos investigar porque a Prefeitura de Belo Horizonte está começando a agir como advogada dos empresários de ônibus dessa cidade. A quem interessa não avançar com a nulidade do contrato?”, questionou o vereador Gabriel Azevedo.
Aparentemente só interessa manter os contratos para a PBH. As empresas de ônibus vivem alegando um colapso, coitadas. Os vereadores e o Ministério Público insistem em anular o contrato por diversas quebras de cláusulas, como falta cobradores, multas nunca pagas, horários não cumpridos e por aí vai.
“A Prefeitura não avança na mudança contratual. Quando chegar em março do ano que vem, o subsídio acaba e estaremos em uma situação muito grave”, continuou Azevedo.
Inocente o vereador achar que um dia este subsídio deixará de ser pago. A não ser que as empresas queriam deixar de recebê-lo, claro.