Dono de uma cor sedutora, o vinho laranja está despertando muita curiosidade. O Sommelier da Enoteca Decanter Nelton Fagundes explica que uma das particularidades dessa bebida é que combina a estrutura dos tintos e a acidez marcante dos brancos, tornando-o uma boa pedida para acompanhar diversos pratos, desde carnes de caça a peixes e queijos. “A dica é que o prato tenha sabores mais pronunciados, afinal, são vinhos com maior volume de boca e alta complexidade. Quanto à escolha da melhor estação de consumo, fica a gosto de cada um. É bom ressaltar que são vinhos mais sérios, fogem do perfil daqueles brancos para beira de piscina” observa. O estilo é mais uma opção para os amantes de uma boa harmonização e que gostam de apreciar novas bebidas, sem perder o sabor inigualável de uma harmonização enogastronômica.
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Fagundes esclarecer que, tecnicamente, essa definição é um pouco provocativa, já que os rótulos são brancos, roses ou tintos e que o título “laranja” se emprega ao conceito de elaboração e produção da bebida em questão. “O conceito surgiu em 2005, quando um crítico americano mencionou o termo laranja em um artigo, dando início a esse estilo. A partir daí, adotou-se esse nome para as garrafas com essa assinatura. A bebida ganha essa cor devido ao processo de elaboração – o longo período de contato com as cascas faz com que passe a ter um tom alaranjado e, em alguns casos, um toque âmbar, justificando o nome”, conta.
Os rótulos laranja começaram a ser produzidos na França e Itália e já extrapolaram as fronteiras europeias. Até o Brasil está produzindo. A referência de produção mais forte ainda é italiana. Por ter uma estrutura mais marcante, indica-se consumir a 12º em média, conforme cada paladar.
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O valor da bebida condiz com a qualidade e, portanto, são considerados caros. “Por enquanto, não temos vinhos com essa característica com preços muito baixos. É possível encontrar opções a partir de R$ 120. Atualmente, a Enoteca Decanter tem o maior portfólio de vinhos laranja do Brasil, com destaques para as marcas Gravner, Damijam, Vinogradi fon, De Martino e Detorri. O interesse é perceptível. Os consumidores brasileiros estão valorizando cada vez mais os vinhos naturais”, observa.